
A operação tapa-buracos em Campo Grande voltou a ser alvo de críticas na Câmara Municipal. Vereadores cobraram explicações da Prefeitura durante reunião da Comissão de Obras e Serviços Públicos, realizada nesta quinta-feira (6).
O encontro discutiu os atrasos na execução dos serviços, que têm gerado reclamações da população, especialmente após o aumento das chuvas.
Mesmo com a presença de representantes do Executivo, os parlamentares afirmaram que a reunião terminou sem respostas efetivas sobre os motivos da lentidão. O presidente da Câmara, vereador Papy (PSDB), avaliou que o saldo do encontro foi de frustração e lamentou a ausência da secretária municipal de Finanças, Márcia Hokama, que justificou falta por motivo de saúde.
“Muita conversa, muita expectativa para o futuro, mas a ação para agora é zero. A gente não teve nenhuma boa notícia do que vai ser realizado agora. Lamentamos profundamente a ausência da secretária Márcia numa reunião como essa”, afirmou o parlamentar.
Segundo Papy, a convocação da secretária havia sido substituída por um convite informal, justamente para evitar embates políticos e garantir um ambiente mais aberto ao diálogo.
Mesmo assim, a titular da pasta não compareceu. O vereador destacou que a presença dela seria essencial para esclarecer como a Prefeitura tem priorizado pagamentos e por que algumas obras seguem paralisadas.
O presidente da Comissão de Obras e Serviços Públicos, vereador Flávio Cabo Almi (PSDB), reforçou que a Câmara pretende fiscalizar de perto o andamento dos serviços e anunciou que um novo requerimento será protocolado para convocar novamente a secretária de Finanças.
“O Miglioli (secretário municipal de Obras) diz que as obras não acontecem em Campo Grande por falta de finanças. Mesmo com o adjunto presente, queremos ouvir dela, que é a secretária principal”, afirmou.
Durante a reunião, representantes da Secretaria de Obras informaram que 20% da operação tapa-buracos deve ser retomada ainda em novembro, com ampliação gradual até dezembro.
A previsão é de que o equilíbrio das contas municipais ocorra apenas no próximo ano, o que permitiria a execução integral do programa de manutenção viária.