Um homem de 53 anos foi preso em flagrante nesta quinta-feira (21) em Campo Grande por comercializar medicamentos controlados sem prescrição médica. A prisão é resultado da Operação Galeno, deflagrada para combater a venda irregular de medicamentos controlados sem prescrição médica em Campo Grande, onde foram cumpridos 11 mandados judiciais em diferentes bairros.
Ao realizarem a fiscalização na farmácia que distribuía irregularmente os medicamentos, os policiais encontraram frascos lacrados de clonazepam, caixas e ampolas de testosterona de fabricação nacional e estrangeira, além de anabolizantes, antibióticos, produtos emagrecedores proibidos no Brasil e outros fármacos de venda restrita.
O investigado admitiu que comprava os produtos em farmácias da cidade sem apresentar receita médica e revendia de forma irregular e usava grupos de WhatsApp com fornecedores e consumidores, prática que já vinha sendo monitorada pela equipe policial.
Segundo o titular da Decon, Wilton Vilas Boas Delta, o responável pela farmácia foi autuado pelo crime previsto no Artigo 7º da Lei 8.137/90, com pena prevista de dois a cinco anos de detenção, o que impossibilitou a concessão de fiança. O homem foi encaminhado ao Poder Judiciário, devendo passar por audiência de custódia ainda nesta sexta-feira (22).
Todo o material foi apreendido junto com o aparelho celular do suspeito, que servia como ferramenta para o comércio ilegal.
Operação e denúncias
A Operação Galeno foi liderada pela Decon (Delegacia Especializada em Repressão aos Crimes contra as Relações de Consumo) e contou com o apoio da Vigilância Sanitária, Procon e do Conselho Regional de Farmácia de Mato Grosso do Sul (CRF-MS).
O CRF-MS alerta que o uso de medicamentos sem prescrição pode trazer graves conseqüências, como reações adversas, interações medicamentosas perigosas, dependência e até risco de morte.
Em caso de suspeita de irregularidade, a população pode acionar a Ouvidoria do CRF que pode ser acionada a qualquer momento via Whatsapp (3325-8090), opção 6, no atendimento virtual.
Além disso, o Conselho recomenda que a população consulte o profissional farmacêutico e compre apenas em farmácias licenciadas e regularizadas junto à vigilância sanitária e ao Conselho Regional de Farmácia.
*Com fotos e imagens da PCMS