O início da safra de soja 2025/2026 em Mato Grosso do Sul marca a retomada das atividades no campo e também o começo de uma nova temporada de pesquisas conduzidas pela Fundação MS.
Segundo o Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga MS), o estado deve cultivar 4,79 milhões de hectares, com expectativa de colher 15,2 milhões de toneladas. Os números representam crescimento de 5,9% na área plantada e 8,1% na produção, com produtividade estimada em 52,8 sacas por hectare.
Apesar do otimismo, o desafio para os produtores é equilibrar os altos custos de produção. O Siga MS calcula que, em algumas regiões, o gasto com sementes, fertilizantes e defensivos pode ultrapassar R$ 6 mil por hectare. Isso exige escolhas cada vez mais criteriosas para garantir que o investimento retorne em produtividade.
De acordo com Daniel Franco, presidente da Fundação MS, a pesquisa é essencial nesse cenário. “Com custos elevados, o produtor não pode errar na escolha dos insumos. Nosso papel é validar, com independência e rigor técnico, o que realmente funciona no campo”, afirma.
A instituição mantém mais de 24 mil parcelas de pesquisa em 12 municípios do estado, cobrindo diferentes condições de solo e clima. Esse alcance permite gerar informações confiáveis, que ajudam a reduzir riscos e aumentar a eficiência das lavouras.
Segundo o diretor-executivo Alex Melotto, a nova safra também é oportunidade para empresas testarem seus produtos em campo. “Cada semente, fertilizante ou regulador vegetal passa por protocolos técnicos, garantindo resultados independentes. Isso dá credibilidade ao portfólio das empresas e segurança para o produtor rural”, destaca.