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SAÚDE

Com mais 43 casos confirmados, dengue avança no estado

Nos próximos meses, com a volta das chuvas, aumentam as chances de surgirem novos criadouros do mosquito Aedes aegypti

Mosquito é responsável pela transmissão da dengue, da zika e da chikungunya (Foto: Reprodução/ Freepik)
Mosquito é responsável pela transmissão da dengue, da zika e da chikungunya (Foto: Reprodução/ Freepik)

Mato Grosso do Sul já soma 13.298 casos prováveis de dengue em 2025, dos quais 8.095 foram confirmados, segundo boletim da Secretaria Estadual de Saúde (SES) divulgado nesta terça-feira (23). Na comparação com o boletim anterior (8.052) houve um aumento de 43 novos casos no estado.

O registro de novos casos chama atenção, porque Mato Grosso do Sul começa a sair do período seco. Em Campo Grande, por exemplo, de acordo com informações do meteorologista da Uniderp, Natálio Abrahão, a última chuva registrada foi na terça-feira (23), com 11,8 milímetros (mm) – mais de um mês depois do dia 04 de agosto, quando choveu cerca de 7 mm, na Capital.

Os próximos meses são decisivos para a escalada da doença. A primavera, estação das flores, marca a volta das chuvas no estado e aumentam as chances do surgimento de novos criadouros do mosquito aedes aegypti.

O levantamento – referente à 38ª semana epidemiológica, que compreende os dias 17 a 23 de setembro – aponta estabilidade no número de vítimas fatais com 17 mortes confirmadas pela doença e outros sete óbitos em investigação.

Entre os municípios com maior incidência de casos confirmados nas últimas duas semanas estão Bodoquena, Nioaque, Cassilândia, Bela Vista, Ribas do Rio Pardo e Aquidauana — todos classificados como de baixa incidência. As mortes ocorreram em 15 cidades, incluindo Campo Grande, Dourados, Ponta Porã, Nova Andradina e Três Lagoas. Entre as vítimas, seis tinham comorbidades.

Vacinação

Uma das formas de proteção é a imunização contra a doença. O Estado já aplicou 188.875 doses da vacina contra a dengue, das 241.030 recebidas do Ministério da Saúde.

A imunização é voltada para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que concentra o maior número de hospitalizações pela doença. O esquema é de duas doses, com intervalo de três meses.

Chikungunya

Além da dengue, o boletim confirma 13.480 casos prováveis de chikungunya, sendo 7.348 já confirmados. Também foram registrados 72 casos em gestantes e 16 mortes, a maioria de pacientes com comorbidades. As cidades de Dourados, Iguatemi, Maracaju e Vicentina estão entre as que notificaram óbitos.

A SES reforça que pacientes com sintomas não devem recorrer à automedicação. A recomendação é procurar atendimento médico imediato.