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Boletim Coronavírus

MS registra 632 novos casos e 15 mortes nas últimas 24h

Crescente da média móvel de mortes mostra que estamos longe de um cenário confortável, alerta infectologista

Cerca de 37% dos novos casos foram registrados em Campo Grande - Reprodução
Cerca de 37% dos novos casos foram registrados em Campo Grande - Reprodução

Mais 632 novos casos da COVID-19 foram confirmados nas últimas 24 horas em Mato Grosso do Sul, segundo o Boletim Coronavírus, produzido pela SES (Secretaria Estadual de Saúde) e divulgado nesta sexta-feira (24). Cerca de 37% (239) das confirmações foram registradas na Capital. Com mais 15 novos óbitos, o número total de mortos chegou a 281.

De acordo com a secretária-adjunta de Saúde, Christine Maymone, uma das vítimas fatais registrada neste boletim ficou mais de 100 dias internada com a doença. “Isso mostra como a reação de cada organismo ao vírus é diferente e ressalta a importância de ficar em casa”, comentou.  

A ocupação global dos leitos de UTI do SUS (Sistema Único de Saúde) na macrorregião de Campo Grande atingiu 86%, algo que acendeu o alerta vermelho no Governo do Estado porque há mais pacientes não COVID ocupando os leitos. “Sem o devido isolamento social, o número de acidentes de trânsito aumenta. Eles são bastante responsáveis por este cenário”, avalia.

Outra região com dados alarmantes é a macrorregião de Corumbá, que tem 77% de ocupação dos leitos de UTI. Pela primeira vez desde o início da pandemia, o número de internados ultrapassou a marca dos 400. Agora, 402 pessoas fazem o tratamento em hospitais, 16 a mais que o divulgado no boletim de ontem (23).

Média móvel

Em ascensão desde o início de maio, a média móvel de mortes, que leva em conta o número de óbitos contabilizados nos últimos sete dias, ficou em 9,4. Ou seja, por dia, quase 10 pessoas perderam a vida na luta contra a COVID-19 no Estado. Somente em julho, 191 pessoas morreram após contrair o vírus.

Para a consultora do Centro de Operações Emergenciais do Governo do Estado e infectologista da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Mariana Croda, o isolamento social registrado em MS é inaceitável.

“Importante destacar que todo o Estado vem registrando aumento na média móvel, porém o crescimento nas cidades de Campo Grande e Corumbá nos preocupa. MS está com uma média de mortalidade muito alta, esses óbitos nos mostram que há uma alta circulação do vírus e que não estamos nem próximos de um cenário em que possamos ficar confortáveis”, alerta.