A relação entre saúde e clima foi destaque na 2ª edição do Fórum de Sustentabilidade da Unimed Campo Grande, realizado nos dias 11 e 12 de setembro.
Com o tema “Saúde Sustentável: O Caminho para um Futuro Verde, Inclusivo e Ético”, o encontro reuniu médicos, pesquisadores, gestores e estudantes para debater como as alterações ambientais já afetam o bem-estar da população.
A principal novidade foi a programação aberta ao público, no dia 12, no Bioparque Pantanal. O acesso gratuito atraiu profissionais da saúde e interessados em práticas sustentáveis. Segundo o diretor-presidente da Unimed Campo Grande, Eduardo Kawano, a abertura buscou aproximar a comunidade do debate.
“É preciso mostrar que a saúde está diretamente ligada à sustentabilidade e que precisamos agir preventivamente diante dos impactos do clima”, disse.
Entre os temas discutidos, estiveram o aumento de doenças respiratórias em períodos de seca extrema no Centro-Oeste, os efeitos da falta de saneamento e o uso racional dos recursos naturais. Especialistas destacaram que as mudanças climáticas intensificam episódios de calor, seca e enchentes, ampliando a pressão sobre hospitais e unidades básicas de saúde.
O médico Marcelo Hartmann, palestrante convidado, relatou a experiência do Rio Grande do Sul depois da enchente que atingiu milhares de pessoas em 2023. Segundo ele, além de traumas físicos e casos de hipotermia, houve crescimento expressivo de doenças como leptospirose e hepatite A.
“Hospitais ficaram debaixo d’água, e comunidades inteiras precisaram ser atendidas em abrigos improvisados. Foi um impacto dramático sobre toda a rede de saúde”, afirmou.
Para os organizadores, o fórum reforça que as mudanças climáticas deixaram de ser um problema distante e se refletem no dia a dia da população. A proposta é disseminar boas práticas alinhadas às diretrizes ESG e estimular políticas públicas voltadas à prevenção
