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QUEIMADAS

Pantanal tem queda de 91,6% nos focos de incêndio entre 2024 e 2025

Mato Grosso do Sul também teve redução de 65,9% nas queimadas, mas período de estiagem crítica começa em junho

O fim da influência do El Niño no país favoreceu a queda dos focos de incêndio - Foto: Reprodção Semadesc
O fim da influência do El Niño no país favoreceu a queda dos focos de incêndio - Foto: Reprodção Semadesc

O Pantanal teve uma queda de 91,6% nos focos de incêndio entre janeiro e maio de 2024 e 2025. Os dados são do BDQueimadas, um banco de dados geográficos que faz parte do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que monitora focos de incêndios florestais por meio de satélites em todo o Brasil.

Entre 1º de janeiro e 19 de maio de 2024, os satélites da pesquisa registraram 798 focos de incêndio no bioma, enquanto, no mesmo período de 2025, foram registrados 67 focos.

A queda nos focos de incêndio também aconteceu em todo Mato Grosso do Sul, onde, entre janeiro e maio de 2024, foram registrados 1.263 focos de incêndio e, no mesmo período de 2025, foram 430 focos — uma queda de 65,96% em solo sul-mato-grossense.

Segundo o Climatempo, em 2024, o fenômeno El Niño agravou o clima seco, especialmente no início do ano, o que favoreceu as queimadas. Com o fim do El Niño em 2025, as condições climáticas se normalizaram. Além disso, o aumento das fiscalizações e o combate aos incêndios favoreceram a queda dos números entre 2024 e 2025.

Apesar da redução, o período de seca atinge todo o país entre junho e setembro, podendo se estender até outubro, sendo, historicamente, o período mais crítico para as queimadas. Em 2024, de junho a outubro, foram registrados 11.663 focos em Mato Grosso do Sul e 13.393 em todo o bioma Pantanal.

O grande número de focos de incêndios florestais nesse período é explicado pela combinação de calor intenso, baixa umidade do ar, vegetação seca e ventos fortes.