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Policiais civis de MS terão avaliações física e psicológica como critério de promoção

Medida publicada em decreto estadual prevê testes obrigatórios de saúde ocupacional

Medida publicada em decreto estadual prevê testes obrigatórios de saúde ocupacional - Foto: Divulgação/PCMS
Medida publicada em decreto estadual prevê testes obrigatórios de saúde ocupacional - Foto: Divulgação/PCMS

A partir de agora, policiais civis de Mato Grosso do Sul só poderão ser promovidos caso realizem avaliações periódicas de saúde física e mental. A exigência foi regulamentada pelo Decreto nº 16.630, publicado nesta sexta-feira (30) no Diário Oficial do Estado, e passa a valer imediatamente.

A medida, segundo o governo estadual, tem como objetivo levantar diagnósticos sobre as condições de saúde dos servidores e embasar ações de prevenção a doenças físicas e transtornos mentais.

Os testes também poderão ser utilizados como critério preferencial para ingresso em cursos internos e estágios da corporação.

Teste físico será anual e precisa de atestado

O Teste de Aptidão Física (TAF) será aplicado anualmente a todos os policiais civis que participarem do processo de promoção. O decreto define que o exame terá caráter classificatório, mas não eliminatório, e deverá ser feito com apresentação prévia de atestado médico, comprovando que o servidor está apto a realizar o esforço físico.

A avaliação será aplicada por profissionais registrados no Conselho Regional de Educação Física e poderá ser gravada em vídeo, conforme previsto na regulamentação. Os exercícios incluem atividades que medem resistência aeróbica, força muscular e estabilidade corporal.

Casos de ausência, atrasos ou irregularidades na documentação resultarão na exclusão do processo naquele ano. Gestantes poderão adiar a realização do TAF, com direito a fazer o teste após a licença-maternidade, desde que apresentem laudo médico. Já servidores com deficiência poderão realizar os testes com protocolos adaptados.

Avaliação psicológica rastreia sintomas de transtornos mentais

Além da aptidão física, o decreto também torna obrigatória a avaliação psicológica anual, que será conduzida por psicólogos especializados e credenciados. O processo inclui testes psicométricos, entrevistas individuais e exames coletivos, com foco em identificar sintomas de estresse, ansiedade, depressão e transtorno de estresse pós-traumático (TEPT).

Esse tipo de exame também não tem função classificatória ou eliminatória, mas os resultados serão registrados e utilizados para diagnósticos internos. As informações ficarão sob responsabilidade da Coordenadoria de Atendimento Psicossocial da Polícia Civil e devem seguir os critérios da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

O policial civil que não puder comparecer à avaliação por motivos legais, como licença ou força maior, deverá ser reconvocado assim que cessar o impedimento.

*Com informações da Polícia Civil de MS