O Agro Amigo, programa de microcrédito produtivo rural, reservou R$ 500 milhões para o Centro-Oeste. Entre março e agosto de 2025, firmou 556 contratos que somam R$ 6,55 milhões para capital de giro e pequenos investimentos. Goiás lidera as adesões, e Mato Grosso do Sul é o segundo, com 124 operações e R$ 1,47 milhão destinados a agricultores familiares de baixa renda.
O comportamento regional pode ser observado também pelas participações proporcionais. Foi apurado que Goiás respondeu por 51,6% dos contratos (287/556) e 51,9% do montante (R$ 3,4 mi/R$ 6,55 mi). Enquanto isso, Mato Grosso do Sul representou 22,3% dos contratos (124/556) e 22,4% do valor (R$ 1,47 mi/R$ 6,55 mi). O ticket médio foi estimado em aproximadamente R$ 11,8 mil por operação. Esse patamar foi praticamente replicado em GO e MS (R$ 3,4 mi/287 ≈ R$ 11,8 mil; R$ 1,47 mi/124 ≈ R$ 11,8 mil), o que sugere perfil homogêneo de contratação de baixo valor.
Foco e Impacto do Programa
O programa tem foco em capital de giro e pequenos investimentos. Ele facilita o acesso ao crédito produtivo para famílias rurais com menor renda. Em Mato Grosso do Sul, a intensidade de procura foi destacada como a segunda maior da região. Isso reflete a presença de agricultores familiares e a necessidade de financiamento de ciclo curto para custeio e melhorias pontuais nas propriedades.
Em termos de execução, chama atenção a diferença entre o volume reservado (R$ 500 milhões) e o contratado até agosto (R$ 6,55 milhões), equivalente a cerca de 1,31% do total previsto. Esse descompasso foi interpretado como fase inicial de implementação.
Inclusão Produtiva e Fortalecimento no Campo
Como política pública, o Agro Amigo é tratado no conteúdo como instrumento de inclusão produtiva e fortalecimento do segmento, sobretudo em municípios com base agrícola diversificada. Ao permitir operações de baixo valor e formalização simplificada, é favorecida a entrada de pequenos produtores no circuito de crédito, incrementando capacidade de compra e resiliência financeira no campo.