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SAÚDE NA FRONTEIRA

Sala binacional Brasil–Paraguai integra vigilância em saúde na fronteira

Sala binacional Brasil–Paraguai passa a reunir dados e protocolos de vigilância em saúde na fronteira. Veja os detalhes.

ala de monitoramento com mapas e gráficos em telas, ambiente técnico de saúde pública, sem logotipos e sem rostos identificáveis
Estrutura binacional foi apresentada como ferramenta para decisões coordenadas de vigilância em saúde na fronteira.

A sala binacional Brasil–Paraguai foi apresentada pelo Governo de Mato Grosso do Sul como uma das principais entregas de 2025. Ela visa a vigilância em saúde na faixa de fronteira. Segundo o balanço divulgado pela gestão estadual, a proposta é que indicadores, alertas e protocolos passem a ser acompanhados de forma conjunta. Isso é para que respostas sejam articuladas entre os dois países diante de riscos sanitários e movimentações populacionais.

Foi inaugurada a primeira Sala de Situação Binacional Brasil–Paraguai. Ela é descrita como um ambiente dedicado ao monitoramento integrado de indicadores epidemiológicos. Além disso, monitora doenças transfronteiriças e riscos emergentes, com a promessa de apoiar decisões “baseadas em evidências”. No texto institucional, o secretário estadual de Saúde, Maurício Simões Corrêa, afirmou que a sala não seria apenas um espaço físico. Trata-se de uma estratégia permanente de atuação conjunta na proteção da população.

Além disso, foi atualizado e formalizado o mapeamento estratégico da faixa de fronteira. Este mapeamento reuniu informações sobre capacidades, fragilidades e necessidades de municípios brasileiros e paraguaios. De acordo com o governo, o material passou a orientar o planejamento integrado e a definição de áreas prioritárias. Isso inclui respostas a surtos, emergências sanitárias e eventos climáticos. A secretária-adjunta Crhistinne Maymone declarou que a organização do levantamento teria dado mais direção. Isso ajuda a identificar riscos e escolher estratégias com maior efetividade.

Integração e Vigilância na Fronteira Brasil-Paraguai

Ao longo do ano, conforme o relato oficial, visitas técnicas e reuniões de articulação foram realizadas. Isso serviu para alinhar práticas e acelerar o fluxo de informações. Foi dado reforço à vigilância epidemiológica, sanitária e ambiental. A superintendente de Vigilância em Saúde, Larissa Castilho, atribuiu ao processo um “novo patamar de integração”. Ela defende que a fronteira passou a ser tratada como território compartilhado de vigilância.

Próximos Passos e Expansão da Iniciativa

Na parte tecnológica, a estrutura foi descrita como apoiada por sistemas interoperáveis e soluções digitais. Isso permite análises em tempo real e visualização integrada de indicadores dos dois países. O coordenador de Tecnologia de Informática e Informação da SES, Marcos Espindola, afirmou que a base construída seria moderna e preparada para expansão. Para 2026, a retrospectiva listou como próximos passos a ampliação do uso da sala por municípios e equipes paraguaias. Haverá também o fortalecimento da vigilância laboratorial, a padronização de protocolos binacionais, novas capacitações conjuntas e a integração de mais dados e ferramentas. Tudo com foco em resposta coordenada a riscos epidemiológicos emergentes.