A Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, principal evento de popularização científica do país, chega à sua 22ª edição com o tema “Planeta Água: cultura oceânica para enfrentar as mudanças climáticas”.
A programação ocorre entre os dias 20 e 26 de outubro, em todos os estados brasileiros, com destaque para o incentivo à pesquisa e ao envolvimento da população em ações de educação científica.
Durante entrevista ao programa “Manhã da Massa”, da Massa FM Campo Grande, o secretário de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Inácio Arruda, ressaltou a importância da semana como um espaço de diálogo entre governo, universidades, institutos e escolas.
“É uma oportunidade para discutir com a população o que nós estamos fazendo dentro dos laboratórios, nas universidades e nas escolas. A sociedade precisa conhecer e compreender o retorno dos investimentos feitos em ciência”, afirmou o secretário.
Criada em 2003, a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia tem como objetivo aproximar a pesquisa da realidade cotidiana. Segundo Inácio Arruda, o evento estimula a divulgação de projetos e inovações que vão desde a produção de vacinas e antibióticos até o desenvolvimento de satélites e tecnologias para infraestrutura e sustentabilidade.
“Quando falamos em popularizar a ciência, queremos mostrar que esse conhecimento se transforma em produtos e soluções que melhoram a qualidade de vida da população — seja na saúde humana e animal ou na infraestrutura do país”, pontuou.
Cultura oceânica e mudanças climáticas
O tema deste ano, “Planeta Água”, traz à tona a importância da cultura oceânica e do cuidado com os recursos hídricos, destacando a relação entre biomas como o Pantanal e os oceanos. Para o secretário, compreender essa conexão é essencial para o futuro sustentável do planeta.
“O grande comando da Terra é o oceano. É ele que regula o clima e a vida no planeta. A carga que produzimos no Cerrado e no Pantanal é transportada pelo oceano, e é por meio dele que vêm nossos recursos e também nossas responsabilidades”, destacou.
Investimentos e participação dos estados
Arruda detalhou que o MCTI está ampliando os investimentos em projetos voltados à popularização da ciência, com recursos destinados a universidades, museus e programas de educação científica.
Em Mato Grosso do Sul, estão previstos investimentos de cerca de R$ 7 milhões, contemplando a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) e o Instituto Federal (IFMS).
“Estamos apoiando todos os estados, com programas como o Mais Ciência na Escola, e ampliando os recursos para pesquisas e espaços como museus de ciência. É fundamental que a população respalde essas iniciativas”, explicou.
Em Brasília, o evento contará com uma grande feira na Esplanada dos Ministérios, com exposições interativas sobre inteligência artificial, engenharia ecológica e tecnologias sociais.
Convite à participação
Encerrando a entrevista, o secretário reforçou o convite à população para participar ativamente das atividades.
“Participe para compreender a importância de investir e apostar na produção científica do país. Não existe soberania sem domínio de áreas estratégicas da tecnologia”, disse.
Confira a entrevista na íntegra: