RÁDIOS
Campo Grande, 02 de maio

Após 33 horas de ocupação, militantes do MST deixam sede do Incra

Decisão foi tomada após reunião com representantes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária

Por Duda Schindler
19/04/2024 • 08h30
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Após 33 horas de ocupação dos militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Campo Grande, lideranças do Movimento se reuniram com representantes do Incra para discutir as pautas apresentadas na Carta de Reivindicação entregue ao Instituto. Depois dos debates sobre próximas ações, os militantes optaram por encerrar as ações.

Entre os temas está a distribuição de áreas em negociação com o Governo Federal em oito municípios de Mato Grosso do Sul. Ao todo, 31 fazendas são citadas no documento, localizadas em Sidrolândia, Ponta Porã, Nova Andradina, Corguinho, Itaquiraí, Japorã, Batayporã, Dourados, Anastácio, Antônio João, Nioaque, Iguatemi, Naviraí e Jardim. 

Seis destas propriedades estão sendo denunciadas ao Ministério Público por suspeita de promover trabalho análogo à escravidão, crime que, se comprovado, pode resultar na desapropriação da área. Segundo o representante da Direção Nacional do MST, Claudinei Barbosa Medeiros, a discussão junto com o Incra envolve áreas “tanto devedoras de União, áreas de trabalho escravo, áreas de tráfico de droga e tráfico de mulheres”.

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No conjunto das reivindicações que já estão sendo atendidas pelo Instituto, está a regularização do cadastramento das famílias acampadas no sistema de distribuição de terras. "Isso já vem acontecendo, o Incra já está fazendo a nível de estado”, afirma Claudinei. Apesar da pauta ser atendida, o militante reforça que há outros cadastros que precisam ser regularizados pelo Instituto. “Como não era uma prioridade no Governo passado, agora que as coisas estão voltando”, pontua.

De acordo com o superintendente Regional do Incra-MS, Paulo Roberto da Silva, atualmente, mais de dez mil famílias estão acampadas às margens de rodovias em Mato Grosso do Sul. O superintendente afirma que as pautas foram destinadas a direção nacional e reforça que "assumimos o compromisso de trabalhar para atender a demanda do movimento".

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