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Campo Grande, 03 de maio

Direita entortada

Bolsonaro deve visitar Mato Grosso do Sul para tentar pacificar os seus seguidores, que perderam o rumo na discussão do processo eleitoral

Por Adilson Trindade, colunista CBN-CG
10/01/2024 • 12h30
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O ex-presidente Jair Bolsonaro foi acionado para acertar o rumo dos seus seguidores em Mato Grosso do Sul, que estão batendo cabeça na discussão do processo eleitoral. A crise no PL é grave, muito mais grave que se imagina. O problema chegou ao conhecimento da cúpula nacional do partido. Bolsonaro já está programando uma visita ao estado em março para cumprir algumas atividades políticas. Uma delas é endireitar a direita do seu partido. No PL, lideranças de grandes expressões nem se falam mais só para ter uma ideia do tamanho da confusão. As divergências políticas são agudas. 

Bolsonaro terá muito trabalho para pacificar o PL. Desde o fim das eleições, o partido rachou. E essa rachadura é profunda e algumas lideranças não fazem muito esforço para reparar o estrago.

O deputado federal Marcos Pollon não conseguiu unir o partido desde quando assumiu a presidência em substituição ao seu colega de bancada, Rodolfo Nogueira.  Pollon foi apontado como um nome para concorrer a Prefeitura de Campo Grande. Mas ele não parece empolgado com a ideia e não faz nenhum esforço para alavancar a sua pré-candidatura. 

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Há uma recomendação da direção nacional do partido para disputar as prefeituras de todas as capitais. Em Campo Grande, o PL está sem rumo. O deputado estadual Coronel Davi é uma das principais opções. Mas ninguém fala com ele sobre a prefeitura. O Coronel se recolheu para não ficar dando palpites, porque não quer passar raiva. Outro deputado estadual, João Henrique Catan, também, está à disposição. Só que não tem respaldo do partido. Há ainda o ex-deputado estadual Capitão Contar. Ele está sem partido e esperando o PL abrir as portas para sua entrada. O problema de Contar é, também, falta de apoio para cerrar fileiras na legenda. Nem todos o querem no partido.

Há quem diga que Bolsonaro tem parcela de culpa na deflagração da crise no PL. Em uma ocasião, ele defende a candidatura do Capitão Contar a vereador para puxar voto na eleição de uma grande bancada na Câmara Municipal de Campo Grande. Depois fala em Contar para concorrer à prefeitura. Só ficou no papo e Contar não conseguiu colocar a sua pré-candidatura na rua por não ter filiação partidária.

Para ampliar o imbróglio no PL, Bolsonaro esquece de Contar e defende Pollon para prefeitura da Capital. Mas Pollon não mostra entusiasmo em concorrer a prefeitura.  Com tantos nomes jogados na mesa, o PL não conseguiu bater o martelo em cima de um para entrar na batalha eleitoral por falta de entendimento e interesse.

Enquanto o partido amarga profunda crise, o Tenente Portela aproveita para se aproximar da prefeita Adriane Lopes e isso tem causado profundo mal-estar no meio dos liberais. Ele é amigo pessoal de Bolsonaro e primeiro suplente de senador.

Dos seguidores de Bolsonaro, o PP sob o comando da senadora Tereza Cristina está mais organizado. Não enfrenta crise como o PL. Ela está vendo toda essa confusão de perto, porque tem interesse em atrair o partido para o palanque de Adriane Lopes.

Quanto mais fragilizado o PL, mais chance tem Tereza de levá-lo para o palanque de Adriane Lopes.

Confira na íntegra:

 

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