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ENTREVISTA

“Aeronave é essencial para o sucesso das operações”, diz comandante da PRF

Leonardo de Souza é comandante do helicóptero da PRF no Estado / Foto: Rádio Massa FM/Dourados
Leonardo de Souza é comandante do helicóptero da PRF no Estado / Foto: Rádio Massa FM/Dourados

O uso cada vez mais frequente de helicópteros em operações policiais na região sul de Mato Grosso do Sul tem chamado a atenção da população. A aeronave, que integra o Núcleo de Operações Aéreas (NOA) da Polícia Rodoviária Federal (PRF), tem papel decisivo em ações estratégicas na faixa de fronteira. Em entrevista à Massa FM Dourados nesta sexta (18), o comandante do helicóptero da PRF no Estado, Leonardo de Souza, destaca a importância do trabalho aéreo e explicou a dinâmica das operações que têm sido realizadas principalmente em Dourados e municípios vizinhos.

“A aeronave é uma ferramenta de apoio para as equipes em solo e trabalha sobre demanda do núcleo de inteligência, principalmente nas delegacias. Quando é passada a demanda, a gente tenta atender da melhor maneira possível, seja por fazer uma busca, uma identificação de veículo, ou até mesmo a gente efetua a visão do início, dependendo da situação”, afirma o comandante.

Leonardo explica que a atuação da PRF na região faz parte da Operação Conatus, que está na quarta fase e ocorre desde 2023. A presença mais intensa do helicóptero em Dourados nas últimas semanas é reflexo de um planejamento estratégico da PRF. “Essa operação é exclusiva da PRF e já vinha sendo articulada. A gente vem com certa frequência para Dourados, seja por solicitação da chefia da delegacia ou por necessidade de ações específicas, como agora”, destaca.

Com base no aeroporto Santa Maria, em Campo Grande, o helicóptero tem ampla atuação em diversas partes do Estado. “Já atuamos também em Corumbá, durante os incêndios no Pantanal, apoiando a Defesa Civil e os Bombeiros, transportando pessoas e materiais. Já estivemos em Três Lagoas também, mas a frequência maior é aqui na região de Dourados”, conta.

O comandante explica que o NOA da PRF em Mato Grosso do Sul é composto por seis policiais, sendo quatro pilotos e dois operadores, e integra uma rede nacional com oito núcleos aéreos em estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Ceará. Na avaliação de Leonardo, a estrutura aérea é fundamental para o combate ao crime na fronteira com o Paraguai e a Bolívia. Muitas áreas não têm acesso por rodovia. A aeronave permite alcançar pontos remotos, identificando rotas ilegais como as ‘cabriteiras’, que são trilhas usadas por contrabandistas. Sem o helicóptero, muitas apreensões simplesmente não aconteceriam.

Leonardo reforça que o apoio aéreo agiliza e dá suporte estratégico às equipes em solo, potencializando os resultados das operações. “Se a aeronave muitas ocorrências não teriam sucesso. A aeronave, ela ajuda muito, com a questão do serviço de inteligência, as equipes que estão nos pontos. Aí ela é primordial, facilita muito, agiliza muito o trabalho do pessoal que está aí no solo”, conclui.

Confira a entrevista na íntegra: