Ao menos oito caminhões-tanque carregados de combustível estão parados, na BR-262, na saída de Três Lagoas para São Paulo, e deverão ser escoltados por equipes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), nesta segunda-feira (28). Os veículos saíram do interior paulista e tinham como destino postos de cidades de Mato Grosso do Sul. No entanto, alguns deles, estão estacionados às margens da rodovia desde a última terça-feira (22), quando o protesto dos caminhoneiros autônomos iniciou na região.

A PRF não informou qual o horário que a escolta deverá iniciar e nem se os oitos caminhões-tanque vão deixar a BR-262, nessa manhã. Ao JPNEWS, líderes da manifestação no local informaram que não bloquearam o tráfego dos veículos e que os motoristas têm a liberdade de deixar o protesto a qualquer momento. Dos 25 postos de combustíveis, na cidade, nenhum tem atendimento ao consumidor. Gasolina, etanol e diesel acabaram na sexta-feira (25) e os motoristas seguem para o interior de São Paulo para abastecer os veículos.

“Eles [motoristas] estão livres para seguir viagem ou não. Nós aqui não proibimos ninguém. Foram eles que decidiram, optaram por continuar no protesto e estão aqui”, declarou o motorista Emerson Santos, um dos líderes do movimento.

Os manifestantes mantêm dois pontos de interdição, em Três Lagoas. Um grupo está na BR-262, na saída de Três Lagoas para São Paulo. Outro em trecho da BR-158, que dá acesso ao município de Brasilândia. Segundo líderes da categoria, mais de 200 motoristas participam do protesto.

Até o momento houve apenas uma escolta da polícia, na manifestação local. Um caminhão-tanque com querosene foi escoltado pela PRF até o aeroporto de Campo Grande, na madrugada de domingo (27). 

Contra

A categoria decidiu continuar com o protesto na cidade, mesmo após o presidente da República, Michel Temer, anunciar um pacote de medidas, na noite de domingo (27), para tentar pôr fim às interdições no país. s manifestantes disseram que não concordam com a proposta anunciada pelo governo federal e também alegam que a Petrobras ainda precisa rever a política de preços do diesel.

Em Mato Grosso do Sul, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou interdições em 20 municípios. No entanto, a lista das cidades não foi divulgada.