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Três Lagoas, 26 de julho

Em Três Lagoas, 700 pessoas usam coquetel e lutam contra o vírus HIV

O número é alto e gera alerta às autoridades de saúde, que buscam promover ações de orientação e combate à doença

Por Kelly Martins
15/12/2017 • 10h00
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Somente neste ano, 700 pessoas diagnosticadas portadoras do vírus HIV estão em tratamento, em Três Lagoas. A maioria é jovem, com idades entre 20 e 30 anos, e que têm ensino médio completo, segundo dados da Assistência Social do Programa Municipal IST/AIDS/HV. Em seguida, aparecem as pessoas com idade entre 31 e 40 anos e, em terceiro lugar, pessoas cuja faixa etária vai dos 41 aos 50 anos. O número é alto e gera alerta às autoridades de saúde, que buscam promover ações de orientação e combate à doença.

Entre janeiro e dezembro de 2017, por exemplo, 91 novas pessoas foram contaminadas pelo vírus.  A pesquisa aponta que, nesses casos, os homens representam a maioria dos pacientes. A quantidade faz com que o aumento seja acima de 60%, se comparado com os últimos dois anos. “A quantidade de novos pacientes aumenta a cada dia em todo o país. Trata-se de um problema de saúde pública que deve ser combatido com ações preventivas e conscientização”, declarou a psicóloga do Programa Municipal, Susie Donero.

Pessoas que tem o vírus HIV podem ou não desenvolver a Aids, doença que ataca o sistema imunológico. O HIV é o estágio inicial da doença, quando a carga viral é baixa e ainda não destruiu o sistema imunológico do soropositivo. Na lista de pacientes em tratamento, em Três Lagoas, ainda tem 194 pessoas com Hepatite C e 57 com Hepatite B.  

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Segundo dados do Ministério da Saúde, de 2007 a junho de 2016 foram notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) 136.945 casos de infecção pelo HIV no Brasil. A maioria (52,3%) dos casos ocorre em pessoas na faixa etária de 20 a 34 anos. Nos últimos cinco anos, o Brasil tem registrado uma média anual de 41,1 mil casos de aids.

Depoimentos

Como forma de alerta e até mesmo de prevenção, alguns pacientes decidiram contar a própria história em uma cartilha, que foi lançada na quinta-feira (14). O material, que leva o nome de “Depoimentos HIV-Aids”, reúne relatos emocionantes e que servirão como apoio para muitas pessoas que iniciaram o tratamento.  “No meu trabalho de atendimento às pessoas com AIDS, sempre pedia para contarem suas histórias de vida, como forma de desabafarem e manifestarem suas revoltas e mágoas, e colocar tudo isso no papel”, contou a assistente social Isabel Cristina.

A orientação da assistente social é que as pessoas que não têm o hábito de usar preservativos nas relações sexuais façam exames regularmente para identificar eventuais infecções e impedir sua disseminação.

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