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Três Lagoas, 19 de abril

Novo prédio da Unei de Três Lagoas continua sem previsão para funcionar. VÍDEO

Embora nova, construção que custou R$ 8 milhões terá de passar por reformas e até adaptações para receber menores infratores

Por Ana Cristina Santos
14/01/2017 • 19h48
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O novo prédio da Unei (Unidade Educacional de Internação) Tia Aurora, construído pelo Estado com recursos do governo federal em uma área da Prefeitura de Três Lagoas, no bairro Jardim Imperial, continua fechado e sem previsão para entrar em funcionamento. Em dezembro de 2016 completaram-se dois anos que a construção foi inaugurada, mas sem nunca ser utilizada. Dois meses antes, o Jornal do Povo denunciou o descaso em reportagem.

Embora novo, para receber internos alojados em uma casa adaptada do bairro Parque São Carlos, o prédio terá de passar por reforma porque foi depredado, teve toda a fiação elétrica furtada, portas e janelas quebradas. Vândalos tiveram acesso livre à construção desde que a empreiteira contratada durante o governo de André Puccinelli (PMDB) foi embora, há dois anos.

Agora, a reforma do prédio que custou R$ 8 milhões para ser erguido foi prometida no primeiro ano de gestão do governo de Reinaldo Azambuja (PSDB), mas não saiu do papel, seis meses depois de aberta licitação vencida pela empreiteira Gimenez, de Campo Grande.

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A reportagem voltou ao local nesta quinta-feira (12) e não encontrou nenhum operário da empreiteira, exceto um vigia que trabalha só durante o dia. Fora isso, a empreiteira reinstalou parte da fiação elétrica e trocou vasos sanitários quebrados.

O diretor da Unei, porém, disse que a Gimenez iniciou a reforma pela parte elétrica, retirou portas de ferro e faz reparos em quadros de energia. Atualmente, segundo Marcelo Tabone, a empresa compra itens da reforma em Campo Grande e que deve concluir o serviço em abril.

ADAPTAÇÕES
Se já está atrasado, agora vai demorar ainda mais para o prédio entrar em funcionamento. É que o governo do Estado terá de construir um solário (local de banho de sol) para os menores internados, que não estava previsto no projeto original. Ainda não se sabe se essa obra será feita pela empreiteira Gimenez ou se o governo terá de contratar outra.

Mas, além da conclusão da obra, o governo do Estado terá que providenciar ainda o mobiliário para o local, bem como a realização de concurso público para a contratação de funcionários porque a quantidade atual não é suficiente.

Enquanto isso, a unidade adaptada, que tem capacidade para 12 pessoas, abriga 14. A nova unidade terá capacidade para abrigar 70 adolescentes em conflito com a lei, de Três Lagoas e outras cidades da região, como Água Clara, Anaurilândia, Aparecida do Taboado, Bataguassu, Inocência, Santa Rita do Pardo e Selvíria.

VEJA REPORTAGEM:

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