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Três Lagoas, 30 de abril

Obra do contorno ferroviário continua emperrada

Obra está parada desde abril por falta de trilhos, que até hoje não foram comprados pelo Departamento de Infraestrutura e Transportes (Dnit).

Por Arthur Freire
01/12/2012 • 10h49
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A tão esperada obra do contorno ferroviário de Três Lagoas, que possibilitará a retirada dos trilhos do perímetro urbano, continua parada desde abril por falta de trilhos, que até hoje não foram comprados pelo Departamento de Infraestrutura e Transportes (Dnit). Em reunião realizada no último dia 7, o ministro dos Transportes, Paulo Passos, afirmou ao governador André Puccinelli, e ao deputado federal Edson Giroto, que a pasta iria entregar até o fim deste ano os trilhos, dormentes e acessórios de fixação necessários à conclusão das obras.

A princípio, desde o início da paralisação dos serviços, houve uma tentativa de transferir os trilhos das obras do contorno ferroviário de Joinville (SC), as quais encontram-se suspensas. Mas, a Procuradoria Federal Especializada do Dnit concluiu que não é possível o remanejamento por questões legais. Como alternativa, durante reunião entre os representantes do Estado e do Ministério, decidiu que, com a aprovação de crédito suplementar no valor de R$ 11,5 milhões, em setembro deste ano, com o recurso disponibilizado contabilmente, o Dnit daria início ao certame licitatório que deveria ser concluído neste mês.
 

Apesar disso, o deputado federal Giroto, que participou por telefone, direto de Brasília, do programa RCN Notícias da Rádio Cultura FM (106,5MHz), agora está sendo feita nova tentativa para a utilização dos recursos dos trilhos de Santa Catarina. Ele informou que o governador dispôs-se a ficar responsável pela transferência do material junto a ALL (empresa responsável apela ferrovia, a fim de agilizar a conclusão das obras em Três Lagoas. “Estou indo agora [ontem] ao Ministério dos Transportes para tentar convencer a diretoria geral do Dnit sobre a importância de terminar essa obra para transferir os trilhos de Joinville para Três Lagoas, já que o material está comprado e não será utilizado nesse momento naquela obra”, disse o deputado, que tem tido uma participação importante no processo de construção dessa obra.

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Para Giroto, essa obra só não foi concluída por culpa do governo federal, que errou ao passar a responsabilidade da compra do material para o Dnit, ao invés de ter ficado com a empresa que está executando o contorno em Três Lagoas. “Vou ver se eu abro a cabeça desse bendito general para autorizar essa transferência. Vocês não imaginam o quanto estou lutando para a conclusão dessa obra”, frisou.

De acordo com o parlamentar, a ideia seria fazer um convênio no qual o governo do Estado se comprometa a fazer esse transporte e, depois, quando as obras de Joinville forem retomadas, comprar os trilhos para o contorno de Santa Catarina. “Os trilhos estão lá, abandonados, mas não é fácil colocar isso na cabeça desses burocratas de Brasília”, disse Giroto.

A obra do contorno ferroviário de Três Lagoas foi iniciada em 2010 e orçada em R$ 41,034 milhões, sendo R$ 36,931 milhões em recursos da União, e R$ 4,103 milhões de contrapartida do governo do Estado.
 

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