RÁDIOS
Três Lagoas, 26 de julho

Passagem de turbina pára tráfego

A paralisação do tráfego gerou um congestionamento de 2,5 mil metros nos dois sentidos

Por Redação
13/12/2008 • 06h02
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A passagem de uma turbina com cerca de 180 toneladas da fábrica Votorantim Celulose e Papel (VCP) gerou um congestionamento de mais de 1h30 na BR 262 (saída para o estado de São Paulo) na manhã da última quinta-feira (11). A peça, trazida de Santos (SP), chegou à Usina Engenheiro Souza Dias, pela rodovia Marechal Rondon por volta das 11 horas, quando o trafego sob a usina teve de ser interditado.
De acordo com o inspetor Sílvio Costa Jardim Neto, uma série de profissionais teve de ser mobilizada para a passagem. Além dos policiais rodoviários estaduais, do estado de São Paulo, e dos rodoviários federais (de Três Lagoas), a passagem da carreta que transportava a peça também foi acompanhada metro a metro pelos engenheiros da Companhia Energética de São Paulo (Cesp). “Quando se fala de mais de 100 toneladas, a Cesp também precisa se programar para a passagem. Engenheiros acompanham toda a estrutura e mudanças de níveis da barragem enquanto a carreta está passando, já que os riscos são altos”, completou.
Esta interdição vai além do período de passagem da peça. Segundo Fabrício Verpa, supervisor operacional da empresa responsável pelo transporte da peça, mesmo após a passagem sobre a usina, ainda é necessário que se espere os níveis da estrutura da ponte se estabilizarem novamente. “Neste caso, levou cerca de 50 minutos”.
A paralisação do tráfego gerou um congestionamento de 2,5 mil metros nos dois sentidos, o que corresponde a 500 veículos ou mais de cada lado da pista, e problemas para a PRF. “As pessoas têm que entender que se está interditado, algum motivo tem, e neste caso estamos falando de segurança”, disparou Sílvio, contra motoristas que desrespeitam os bloqueios.
Depois de chegar ao território sul-mato-grossense, a turbina foi acompanhada pela PRF até o km 1 da MS 395 (que liga Três Lagoas a Brasilândia), onde a Polícia Militar Rodoviária (PMR) assumiu o apoio até a entrada do canteiro de obras da VCP.

PONTE


O inspetor criticou a demora na construção da ponte sobre o rio Paraná. De acordo com ele, enquanto uma nova ponte não for construída, pouco poderá ser feito para diminuir o congestionamento na BR 262 e sobre a Usina. “A construção da ponte é a única alternativa que temos. Sem ela não há como desafogar o trânsito. Isto porque ainda nem começou o escoamento da produção destas duas grandes fábricas na Cidade e sem contar ainda o fato de que a estrutura da barragem não foi projetada para servir de ponte rodoviária por definitivo. Estamos falando de segurança aqui”.
Conforme Sílvio, logo no início da construção das duas grandes fábricas o trecho chegou a ser interditado “durante os 30 dias do mês”. Agora a média de interdição caiu, de seis a oito mensais, mas ainda preocupa. “É um absurdo que com o número de indústrias vindo para cá não se agilize a construção da ponte, não se pense da escoação desse material, no congestionamento e, principalmente, na segurança”.

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TURBINA


A turbina saiu do Porto de Santos com destino a Três Lagoas no dia 20 do mês passado. Desde então, o comboio – composto por 13 profissionais, entre baterores, motoristas, operadores e mecânicos – percorreram em média 60 km por dia, o que corresponde, segundo Verpa, a 20 km por hora. “Isto quando estamos em linha reta, na subida a velocidade cai para 10 km/h”.
Esta demora tem motivo, e é não é pequeno. Juntando todo o conjunto, carreta, três cavalos e a peça em si, o que os profissionais estão transportando corresponde a 420 toneladas, aproximadamente. “Além disso, 40, dos 214 pneus existentes em todo conjunto, tiveram de ser trocados no meio do caminho e a carreta ficou dois dias quebrada na estrada.”, disse.
A previsão , ainda segundo Verpa, é que uma nova turbina comece a viagem para a Cidade ainda neste mês. A peça ainda não tem data de chegada. (R.P.)

 

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