Após ganhar notoriedade por abrigar um dos principais pólo industrial do pais, a cidade que mais gerou postos de trabalho em 2016 no Brasil e que ganhou status de Capital mundial da celulose, ainda não conseguiu se estruturar o suficiente para figurar também como município com potencial para sediar grandes eventos empresariais, culturais e artísticos. Três Lagoas ainda não conta com um Centro de Convenções. Uma situação que provoca prejuízos importantes à cidade que se prepara também para se tornar um pólo de turismo.

Por abrigar um parque industrial de grandes dimensões, a construção de um espaço para a realização de convenções, congressos, eventos artístico-culturais entre outros se tornou uma necessidade. Mas para que uma obra dessa importância ganhe forma, será preciso muito mais que vontade por parte do poder público. Será preciso uma união de esforços de todos os atores envolvidos no processo que elevou a cidade à categoria de município industrializado. E talvez a solução para esse problema possa partir justamente das empresas, as mais afetadas com a falta de um Centro de Convenções.

Espaços como esses geralmente permitem que as empresas promovam suas políticas, ideias, projetos e se aproximem mais das comunidades onde atuam. Podemos até dizer que isso não é papel da iniciativa privada, é verdade. Mas chega a ser incompreensível ouvir anúncios de investimentos bilionários sendo feitos em salinhas, pátios ou em locais onde a população não tem a oportunidade de acompanhar e de também compreender as transformações pelas quais está sendo submetida. 

Talvez esteja chegando a hora de o poder público dar forma à um projeto que contemple não apenas um grande Centro de Convenções, mas de um espaço multi-uso que possa colocar Três Lagoas também na rota dos grandes eventos. Se vimos a cidade ter sua economia transformada em tão pouco tempo, não custa nada começar a sonhar com um Centro de Convenções.