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Três Lagoas, 30 de abril

Surto de dengue eleva demanda por plaquetas no Núcleo de Hemoterapia

Preocupação é com o prazo curto para uso do hemoderivado de sangue em pacientes com a versão hemorrágica da doença

Por Tatiane Simon
23/12/2018 • 08h00
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O Núcleo de Hemoterapia (Hemonúcleo) de Três Lagoas registrou um aumento na demanda por plaquetas de sangue para atender pacientes da cidade contaminados com dengue hemorrágica. Segundo a coordenadora da unidade, Karine de Barros, há dificuldade de manutenção de estoque devido à validade curta do derivado. "Plaquetas duram até cinco dias. Após esse tempo, devem ser desprezadas porque perecem", explica.

O Hemonúcleo é único órgão autorizado por autoridades de saúde do país a receber doações para servir hospitais. De acordo com Karine Barros, para evitar falta de hemácias e plaquetas concentradas, a orientação é que haja regularidade na frequência de doações. "Não precisa que toda a cidade venha no mesmo dia [doar] achando que vamos manter um grande estoque. Na prática, a hemácia tem durabilidade de 35 dias, o plasma dura um ano e a plaqueta só cinco dias. Se houver uma rotação de doadores ao longo do ano inteiro, o Hemonúcleo não vai sofrer com a falta", complementa.

As doações podem ser feitas por pessoas com idade entre 16 e 60 anos, em bom estado de saúde. O Hemonúcleo fica na rua Manoel Rodrigues Artez, número 520, bairro Colinos, e funciona de segunda à sexta-feira, das 7h às 11h.

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CAMPANHA

Uma campanha circulou, nesta semana, nas redes sociais em solidariedade ao funcionário público Arnaldo Kock Ramires, que está internado desde terça-feira (18) na unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Cassems, de Três Lagoas, com dengue hemorrágica e necessitando de doação de plaquetas. A coordenadora da Hemonúcleo esclareceu que não faltou plaquetas para atendimento ao paciente. "Mas, é válido doar em prol de outras pessoas que vierem a ser internadas nesta situação", pontua.

EPIDEMIA

A dengue já é tratada como doença epidêmica em todo o Estado, segundo a secretária municipal de Saúde, Angelina Zuque, para quem só haverá redução dos números quando a população manter casas e quintais livres de criadores do mosquito transmissor da dengue e de outras doenças.

Três Lagoas registra, conforme boletim epidemiológico, 3.086 casos suspeitos da doença. O boletim anterior apontava 2.443 notificações. Um aumento de 26% em uma semana.

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