RÁDIOS
Três Lagoas, 30 de abril

Vereador Paulo Veron acusa, lê denúncia anônima sem provas

Vereadores se irritam com posicionamento do próprio colega que tem tumultuado as sessões

Por Ana Cristina Santos
07/08/2021 • 08h20
Compartilhar

As últimas sessões da Câmara Municipal Três Lagoas têm sido tumultuadas, e na maioria das vezes, tem boa parte do tempo, destinada para acusações de uma minoria de vereadores contra os próprios colegas e Mesa Diretora, como ocorreu na segunda-feira (2), quando o vereador Paulo Verón (SD), oposição a administração de Três Lagoas e a direção da Casa Legislativa, usou a tribuna para ler denúncias anônimas e sem provas. 

A postura de Paulo Veron na Câmara tem gerado descontentamento por parte dos vereadores, que estão cansados em ouvir o mesmo assunto abordado pelo vereador, em todas as sessões. A maioria dos vereadores afirma que existem questões mais importantes para serem discutidas em prol da população do que ficar lendo denúncias infundas e anônimas na tribuna da Câmara.

Veron que tem se dedicado desde o início do seu primeiro mandato, apenas para fazer denúncias. Chegou a pedir a saída do presidente do Legislativo, Cassiano Maia (PSDB), e do vice-presidente, Adriano César, o sargento Rodrigues, da Mesa Diretora. Na ocasião, teve o discurso interrompido por Rodrigues, que perguntou se ele queria assumir o seu cargo na Mesa.

JPNEWS: CAFÉ COM NEGÓCIOS 04 - DE 19/04/2024 A 14/05/2024
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Após a fala de Veron, iniciou discussões acalaradas entre os parlamentares. O vereador André Bittencourt (PSDB), se irritou, e disse que gostaria de estar usando a tribuna para apresentar proposituras em prol da população e não ter que ficar se defendendo de acusações e denúncias infundadas levadas para a Câmara pelo vereador.

Durante sua fala, Bittencourt foi aparteado pelo vereador Jorge Aparecido de Queiroz, Jorginho do Gás (PSDB), que também questionou a postura de Veron. Queiroz disse que é preciso ter cautela ao usar a tribuna. “Vou dizer ao vereador que, denúncia anônima a gente houve e não fala. Mesma coisa quando dizem que ele recebe por fora do INSS para não aposentar pessoas. Como são denúncias anônimas a gente não leva para frente, mas como meu nome foi lido aí, eu vou falar: Dizem que o nobre par [Paulo Veron] não aposenta ninguém porque recebe do INSS por fora. Como meu nome foi jogado ao vento, a gente tem que falar”, contra-atacou Jorginho.

O Vereador Antônio Empeke, o Tonhão (MDB), também usou a tribuna para se defender dos ataques De Veron e disse que não vai permitir ofensas. “Isso não é correto dentro da democracia. Temos que respeitar. As ideias podem ser divergentes, mas é preciso ter ética, coerência, e respeito dentro da Casa, não podemos generalizar. O que está acontecendo aqui é triste, tem que citar nomes e ter provas...”, disse Tonhão.

O presidente do Legislativo, Cassino Maia, também lamentou o que vem ocorrendo na Câmara. “Poderíamos estar apresentando projetos, melhorando a governança do Executivo em um trabalho com harmonia, mas temos que ficar perdendo tempo com isso”, lamentou Maia.

 

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.

Mais de JPNews