
Com coragem e planejamento, a produtora Nilza Oliveira transformou a rotina da Estância Primavera, em Terenos (MS). Depois de anos com estrutura voltada ao confinamento de bovinos, ela decidiu apostar na ovinocultura em Terenos. Com apoio técnico do Senar/MS, fez dos ovinos a atividade que hoje responde por toda a renda da propriedade.
Da insegurança à decisão de mudar o rebanho
Antes da chegada dos primeiros animais, Nilza conta que se sentia sem rumo na lida diária. “Acho que eu poderia dizer que era uma produtora perdida. Não tinha direção”, relembra. A fazenda estava montada para o gado de corte. A ideia de mudar o foco para os ovinos gerava dúvidas, sobretudo no marido, preocupado com os investimentos necessários.
Tudo começou a mudar depois de um curso de casqueamento oferecido pelo Senar/MS. Durante as aulas, o contato direto com os ovinos, a docilidade do rebanho e o novo conhecimento técnico reacenderam um desejo antigo da produtora. A empolgação foi tão evidente que o esposo acabou convencido a apoiar o projeto. Ele decidiu adquirir o primeiro lote: 29 ovelhas prenhes, que inauguraram a nova fase da Estância Primavera.
Assistência técnica reorganiza manejo e gestão
Com os animais na fazenda, porém, as dificuldades apareceram rápido. Nilza percebeu que não dominava rotinas básicas de manejo, como controle de nascimentos, identificação dos cordeiros e organização financeira da atividade. Nesse contexto, a assistência técnica e gerencial do Senar/MS se tornou o ponto de virada na propriedade.
Com o acompanhamento periódico, o manejo sanitário foi reorganizado. Os controles produtivos passaram a ser registrados de forma sistemática. Custos, índices zootécnicos e resultados econômicos começaram a ser acompanhados de perto. Isso deu outra visão sobre o negócio. “Com a assistência técnica, tive 100% de aumento de produção”, afirma a produtora. Ela lembra que antes nem sabia com precisão quanto produzia ou gastava com o rebanho.
Ao mesmo tempo, o planejamento financeiro da Estância Primavera foi estruturado com base nos números reais da ovinocultura. Isso permitiu decisões mais seguras sobre investimentos, reposição de matrizes e ritmo de venda dos cordeiros. Assim, a atividade deixou de ser um teste. Passou a ser tratada como negócio principal da família.
Ovinos garantem 100% da renda e valorizam bem-estar animal
Hoje, Nilza conduz a ovinocultura com combinação de técnica e sensibilidade. Além de cumprir as orientações sanitárias e de manejo, ela faz questão de manter um trato calmo com o rebanho, priorizando bem-estar e qualidade da carne. Alguns animais são tratados quase como de estimação, com nome próprio e atenção diária. Isso, segundo a produtora, contribui para um ambiente mais tranquilo no lote.
Os resultados aparecem tanto no pasto quanto nas contas. Cerca de 80% dos cordeiros são comercializados a cada parição, com bom desempenho produtivo. E, conforme Nilza, a atividade já se consolidou como principal fonte de renda da Estância Primavera, respondendo por 100% do faturamento da propriedade.
Ao olhar para trás, a produtora credita ao Senar/MS boa parte dessa evolução. “Eu acredito que o Senar realmente transformou a minha vida. Eu não tinha nenhum conhecimento técnico e, com cada visita, ganhei informações valiosas que mudaram meu sistema de produção”, resume. Para ela, a trajetória mostra que, quando o produtor acredita no próprio potencial e busca apoio especializado, caminhos que pareciam distantes se tornam possíveis dentro da porteira.
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