Investigação foi conduzida a partir de um questionário on-line, respondido no ano passado por 12.136 brasileiros com mais de 18 anos - Foto: reprodução internet OUÇA A MATÉRIA COMPLETA NO LINK ABAIXO: Um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), intitulado como “PICCovid”, mostra que no primeiro ano da pandemia, houve aumento de 61,7% na procura por tratamentos alternativos complementares à saúde. Conforme a pesquisa, as práticas mais utilizadas em 2020 foram em relação às plantas medicinais e fitoterapia (28%), meditação (28%), reiki (21,6%); aromaterapia (16,4%); homeopatia (14,5%); terapia de florais (14%); yoga (13%), apiterapia (11%), imposição de mãos (10%) e Medicina Tradicional Chinesa / acupuntura (7,8%). Segundo Cristiano Boccolini, pesquisador do Laboratório de Informação em Saúde do Icict/Fiocruz, os dados mostram as estratégias adotadas para promover o autocuidado no primeiro ano da pandemia, um contexto de muitas incertezas, inseguranças e estresse, marcado pelo isolamento social e o luto. Ainda de acordo com o coordenador, a investigação foi conduzida a partir de um questionário on-line, respondido no ano passado por 12.136 brasileiros com mais de 18 anos. “Podemos dizer que é o estudo mais abrangente sobre o tema já realizado no país. Um diferencial metodológico importante é que listamos as 29 PICs presentes no Sistema Único de Saúde (SUS), de forma a facilitar o seu reconhecimento pelos participantes”, detalha. A maior adesão da população a essas terapias foi registrada nas regiões Centro-Oeste (71%) e Sul (70,8%), seguidas de Sudeste (63,4%), Norte (52,3%) e Nordeste (45,6%). Inserida nesta porcentagem está a vendedora Carla Fernanda de Oliveira, que já praticava meditação mas intensificou as práticas complemetares durante a pandemia. "O yoga e os mantras me ajudaram muito durante a pandemia para controlar a ansiedade. Comecei a prestar mais atenção na respiração e até procurei algumas técnicas na internet para praticar dentro de casa", explicou. O estudo desenvolvido pelo Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Icict/Fiocruz), tem parceria com o Observatório Nacional de Saberes e Práticas Tradicionais, Integrativas e Complementares em Saúde (ObservaPICS), também da Fiocruz, e a Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP/Unifase), no Rio de Janeiro. O relatório completo com os resultados atualizados, serão publicados no Boletim Evidências Nº 7 do Observa PICS e apresentados no webinar "Práticas integrativas em saúde na pandemia de Covid-19: resultados e reflexões da pesquisa PICCovid", dia 29 de julho, às 10h. Assista em youtube.com/videosaudedistribuidoradafiocruz. Com informações da assessoria Compartilhar essa notícia Assuntos Grupo RCN Mato Grosso do Sul