Planejamento e práticas operacionais fazem da Fibria uma empresa referência em logística e transporte. Segundo Alberto Pagano, coordenador de logística florestal, a Fibria foi pioneira na implantação do “Estrada Segura”, programa com indicadores mundiais de segurança no transporte.
A referência internacional é de um acidente por milhão de quilômetros rodados. Na Fibria, contando as unidades de Três Lagoas e no interior do Estado de São Paulo, a referência é um pouco acima da metade, com uma taxa de 0,64.
A segurança nas estradas é tão importante, que a empresa realizou aqui em Três Lagoas, há dez dias, a Semana Interna de Prevenção de Acidentes no Transporte de Madeira (Sipatm), onde todos os profissionais do transporte de madeira pararam suas atividades para acompanhar palestras sobre o assunto, reforçando o senso de responsabilidade em relação a um comportamento seguro dos motoristas e operadores de máquinas na operação de carregamento e transporte de madeira, além de integrar comunidades e equipes de trabalho na prevenção de acidentes. Aliás, quando são contratados, os motoristas passam por 37 horas de treinamento. Além disso, durante os primeiros 15 dias de trabalho, eles são acompanhados por supervisores durante a prática do serviço.
Ainda de acordo com Pagano, responsável por todo o transporte de madeira da unidade de Três Lagoas, o trabalho de segurança nos transportes começou há seis anos. “Na nossa unidade no Estado de São Paulo, nossos caminhões passam pela marginal Pinheiros e marginal Tietê. Criamos uma cultura de segurança de dirigir para os nossos motoristas. Em Três anos de operações no Estado de Mato Grosso do Sul, não temos registros de acidentes de maior gravidade ou com fatalidades”, afirma.
Pagano, que também é responsável pela operação de construção de estradas florestais, disse que as estradas pavimentadas de MS atendem as necessidades que a Fibria precisa. “Lógico que pensando em toda a área que a empresa transporta madeira, ainda falta infraestrutura, ainda existem rodovias estaduais e estradas vicinais que não são pavimentadas, sendo um fator limitador para o transporte. Se as rodovias fossem pavimentadas, teríamos, com certeza, uma condição de segurança e de operação mais tranqüilas, não teria a quantidade de caminhões que eu tenho hoje na operação, e seria um benefício, tanto para a comunidade como para empresa”.
Dentro do planejamento de transportes existem algumas etapas que a empresa precisa seguir, explica o coordenador de logística florestal. “Uma delas é o contato com toda a comunidade. De uma forma antecipada, a gente procura estabelecer contanto com a comunidade que será afetada pelo transporte, naquele período. É feito todo mapeamento dessas áreas, quais são os riscos que oferecem e quais são os pontos mais críticos que a gente pode vir a ter. Por exemplo, poeira. No mínimo, a gente entra com umectação do solo, um caminhão pipa passando regularmente. Conforme a condição da estrada é feita a terraplanagem etc. É uma ação pró-ativa da Fibria”.
A empresa também contribui com investimentos para conservação e melhoria das estradas. Na rodovia MS 112, por exemplo, a Fibria investiu R$ 1,2 milhão em 2009 e R$ 1,3 milhão no ano seguinte, em serviços de terraplanagem, pedras para cascalhamento, reforma de pontes, sinalização vertical e licenças ambientais para jazida de cascalho. Os investimentos nessa rodovia seguem em 2011. Até o momento foram mais de R$ 130 mil.