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Três Lagoas

Taxistas agora têm profissão regulamentada por lei

O projeto obriga os taxistas a cumprires algumas exigências. Entre elas, frequentar cursos de primeiro socorros, direção defensiva e mecânica básica

O projeto obriga os taxistas a cumprires algumas exigências -
O projeto obriga os taxistas a cumprires algumas exigências -

O presidente da Associação de Taxistas (AT) de Três Lagoas, Jair Nunes de Oliveira se mostrou favorável ao Projeto de Lei da Câmara (27/2011) aprovado pelo Senado, na última quarta-feira, (6), em caráter terminativo (sem a necessidade de ir ao plenário). O projeto obriga os taxistas a cumprires algumas exigências. Entre elas, frequentar cursos de primeiro socorros, direção defensiva e mecânica básica, além de se inscreverem no Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), mesmo como sendo autônimos.

Para Jair, ser amparado e reconhecido por uma lei federal faz com que os taxistas sejam mais valorizados, respeitados, e, principalmente, que cresçam profissionalmente. Contudo, ele revelou que não sabia que a profissão não era regulamentada, visto que a classe é citada no Código Nacional de Trânsito. “Além do mais, para circular com os taxis é necessário ter a licença municipal, adquirida na Prefeitura. Eu entendia que o fato de estar em dia com o município deveria justamente pela profissão ser regulamentada”, disse.

Atualmente, Três Lagoas conta com 43 taxistas. Todos são associados a AT. Segundo Jair, que atua na área há 17 anos, nunca se ouviu tantos comentários favoráveis quanto ao projeto da lei nos pontos distribuídos pela cidade como agora. “O pessoal está animado, até porque após a presidente Dilma sancionar o projeto teremos até piso salarial”, destacou.

OPINIÕES

Para a única taxista da cidade, Mariza Barbosa, profissional há cinco anos, a divulgação do projeto de lei foi visto como um presente, já que ontem foi comemorado o Dia Nacional do Taxista. Ela ressaltou que aqueles que exercem a profissão com seriedade só terá ganhos, já quem trabalha apenas pelo dinheiro, “dificilmente conseguirá seguir as novas regras, devido a falta de comprometimento”, comentou.

Vicente Pereira da Silva, taxista há sete anos disse que mesmo antes do projeto de lei obrigar a inscrição no ISS, já era feito por muitos profissionais. “Para comprarmos um carro zero com desconto temos que estar em dia com o INSS”, disse. Ele contou que a medida veio em boa hora, pois para oferecer um trabalho de qualidade aos clientes é necessário passar por constantes mudanças. “A cidade tem crescido, e claro, devemos acompanhar o desenvolvimento. Sou a favor do projeto de lei”, concluiu.

Já Márcio de Souza, que trabalha na área há dois anos, considera o projeto de lei complicado. Ele acredita que as novas obrigatoriedades só irão atrapalhar os taxistas. “O INSS deve ser opcional, afinal somos autônomos”, disse, sem deixar de reconhecer que “pelo menos o curso de direção defensiva servirá, principalmente para os motoristas mais antigos, que precisam de reciclagem”.