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Três Lagoas

Terceirizados da Petrobras encerram paralisação

A exigência foi atendida pela empresa ainda ontem, durante reunião na sede do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada

Os cerca de 200 operários aceitaram a contraproposta oferecida pela Zopone -
Os cerca de 200 operários aceitaram a contraproposta oferecida pela Zopone -

Após dois de paralisação, os cerca de 200 trabalhadores da Zopone Engenharia e Comércio, empresa terceirizada da Petrobras, em Três Lagoas, voltarão a trabalhar hoje. Eles aderiram ao protesto para reivindicar melhores salários e alteração no valor da cesta básica. A exigência foi atendida pela empresa ainda ontem, durante reunião na sede do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada.

De acordo com um dos integrantes da comissão de greve da Zopone, Itelvino Zacarias Alves, a principal causa da paralisação foi o corte das cestas básicas de cerca de 40 trabalhadores. “Esses homens precisaram ir ao médico e mesmo após apresentarem o atestado tiveram o benefício cancelado”, disse.

Além do corte das cestas, Alves disse que na época em que a Engecampo, outra terceirizada da Petrobras, atendeu a reivindicação dos 500 operários que aderiram a uma greve, ficou acordado que o mesmo reajuste e melhorias trabalhistas fossem repassados as demais terceirizadas, “porém não foi o que aconteceu”.

Mediante ao descontentamento da classe, uma paralisação foi iniciada na terça-feira (5), como forma de chamar a atenção dos representantes da Zopone. “A nossa paralisação foi bem sucedida e durou menos que o previsto”, ressaltou Itelvino Alves.

A empresa Zopone presta serviços a Petrobras há um ano e sete meses. A maioria dos trabalhadores é de cidades do interior de São Paulo.

PROPOSTAS
Conforme o advogado do Sindicato da Construção Pesada, João Afonso Petenatti, a empresa Zopone se comprometeu a equipar os salários e benefícios dos trabalhadores ao da empresa Engecampo. “Não tenho como citar os valores, pois varia para cada profissão”, explicou.

A cesta básica não será mais cortada, entretanto, a empresa contratará um médico que irá consultar o trabalhador novamente mediante a apresentação do atestado médico. “Essa medida foi tomada, porque a Zopone soube que alguns médicos passavam atestados aos operários mesmo sem apresentarem doença”, disse Petenatti.

O advogado Afonso Petenatti destacou que o reajuste salarial será retroativo. Todos os operários receberão a diferença do aumento desde maio. “Os atestados apresentados serão aceitos e os empregados que tiveram a cesta básica cortada a receberá normalmente”, finalizou Petenatti.