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SAFRA E CLIMA

Chuva acima da média acelera plantio e fortalece soja sul-mato-grossense

Chuva acima da média impulsiona o plantio da soja sul-mato-grossense, com 92% da área semeada e preços firmes para soja e milho.

Lavoura de soja em Mato Grosso do Sul com solo úmido, céu nublado e máquinas agrícolas ao fundo em operação.
Plantio acelerado da soja sul-mato-grossense ganha força com chuva acima da média em novembro. Foto: Gerada por IA | Adriano Hany

O avanço da soja sul-mato-grossense ganhou ritmo acelerado entre outubro e novembro, amparado por um regime de chuvas considerado ideal em boa parte do estado. De acordo com boletim do Siga MS, executado em parceria com a Aprosoja, o plantio atingiu 81% da área destinada à cultura entre a primeira semana de outubro e a primeira semana de novembro. Este sucesso foi impulsionado principalmente pelas condições climáticas na região central e no sul de Mato Grosso do Sul.

Até o dia 14 de novembro, o levantamento apontava 92% da área semeada, o equivalente a 4,4 milhões de hectares. A expectativa é que o estado alcance 4,7 milhões de hectares cultivados nesta safra. A produtividade média estimada é de 52,8 sacas por hectare. Se o clima seguir colaborando, a projeção é colher cerca de 15 milhões de toneladas. Isso manteria Mato Grosso do Sul entre os protagonistas da produção de grãos no país.

Condições Climáticas e Desenvolvimento das Lavouras

Na região de Dourados, o repórter Ginei César informou que as chuvas de novembro já somam 200 milímetros, superando com folga a média histórica de 150 milímetros. O solo se mantém com umidade ideal, o que abre espaço para um desenvolvimento inicial mais uniforme das lavouras. O plantio na região está praticamente concluído. Restam apenas pequenas parcelas a serem semeadas, enquanto a maior parte das áreas já se encontra em estádios mais adiantados.

Enquanto isso, produtores de outras regiões também confirmam um cenário positivo. Em Sidrolândia, o produtor Sérgio Pereira relatou ao programa que a semeadura da soja em sua propriedade já foi totalmente concluída. Agora o foco passa a ser o monitoramento de pragas, doenças e distribuição das chuvas ao longo do ciclo. Essa percepção reforça a leitura de que o estado entrou na fase de acompanhamento da safra com boa parte do risco de plantio superado.

Mercado Físico e Preços dos Grãos

No mercado físico, os preços refletem tanto o feriado recente quanto a expectativa em torno da safra. O Agroemassa lembrou que a quinta-feira não teve operação. Portanto, as referências ainda são do fechamento da última quarta-feira. No caso do milho, os dados da Grão Direto mostraram São Gabriel do Oeste com R$ 53,36 a saca (alta de 0,29%), Chapadão do Sul com R$ 53,88 (alta de 0,84%) e Maracaju em R$ 55,90 (alta de 0,16%). Em Dourados, segundo a Royal Rural, a saca encerrou a R$ 56,33, em estabilidade.

Para a soja, ainda com base na Grão Direto, Ponta Porã fechou a R$ 125,67 a saca, com alta de 0,35%. Em Maracaju, o valor chegou a R$ 127,65, depois de subir R$ 0,78 no dia. Chapadão do Sul registrou R$ 124,94, com alta de 0,21%, enquanto São Gabriel do Oeste ficou em R$ 125,26, alta de 0,24%. Já Cidrolândia apresentou um dos melhores preços citados, R$ 128,50, com avanço de 0,45%. Em Dourados, a Royal Rural apurou R$ 125,88 a saca, após alta de R$ 0,38.

Cenário Atual e Perspectivas

Dessa forma, Mato Grosso do Sul combina plantio acelerado, chuva acima da média em áreas estratégicas e preços firmes para soja e milho. O cenário ainda exige atenção, porque o ciclo está apenas começando. No entanto, ele dá ao produtor rural uma base mais confortável para planejar decisões de comercialização e de manejo ao longo dos próximos meses.