As festas de fim de ano costumam reunir família, mesa farta e bebidas, cenário que favorece exageros na alimentação. Segundo a nutricionista Júlia Melo, o principal erro está em encarar a ceia como um momento de “liberação” após um ano de restrições alimentares.
“O ano inteiro, muitas pessoas seguem dietas muito restritivas. Quando se deparam com uma mesa cheia, acabam exagerando”, afirma. Para ela, o equilíbrio começa antes mesmo da ceia. A recomendação é manter a rotina alimentar ao longo do dia, evitando longos períodos de jejum com a justificativa de comer mais à noite.
Durante a refeição, Júlia destaca a importância de comer com calma. “A ceia não é só comida. É um momento social. Mastigar devagar, prestar atenção e aproveitar a companhia ajuda a reduzir o exagero”, diz. Segundo a nutricionista, parar de comer apenas quando o prato acaba é um comportamento comum, mas que pode ser evitado com atenção plena à refeição.
Em relação às bebidas, o alerta vale tanto para o álcool quanto para refrigerantes e outras opções açucaradas. A orientação é intercalar bebida alcoólica com água, o que ajuda a evitar desidratação e consumo excessivo. “Álcool de barriga vazia é outro erro comum e aumenta o risco de mal-estar”, afirma.
Dicas para Evitar Exageros e Manter o Equilíbrio nas Festas de Fim de Ano
Para quem exagerou na comida ou na bebida, Júlia reforça que não é necessário recorrer a compensações extremas. “Nada de jejum prolongado ou dietas restritivas no dia seguinte. O ideal é retomar a rotina alimentar”, explica. Um prato equilibrado, com saladas, arroz, feijão e proteínas magras, é suficiente para ajudar o organismo a se reorganizar.
A hidratação também é fundamental no pós-ceia, assim como a inclusão de frutas e a prática de atividades leves, como uma caminhada. “Não é para compensar o que comeu, mas para ajudar o corpo a voltar ao ritmo”, orienta.
Segundo a nutricionista, respeitar o próprio corpo e manter hábitos simples contribui para atravessar as festas com mais bem-estar. “O exagero pode acontecer, mas ele não precisa virar regra. O importante é o equilíbrio ao longo do tempo”, conclui.
