Às vésperas do período mais crítico de queimadas no Pantanal, Mato Grosso do Sul reforçou a estratégia de combate aos incêndios florestais com a reativação do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) e a ampliação do uso do Sistema de Comando de Incidentes (SCI).
As medidas fazem parte da preparação para a Operação Pantanal 2025, coordenada pelo Corpo de Bombeiros Militar com apoio de diversos órgãos públicos.
A estrutura, baseada em monitoramento em tempo real e decisões centralizadas, visa dar mais agilidade às respostas diante de focos de calor e incêndios em áreas de difícil acesso.
O SCI, ferramenta de planejamento adotada no ano passado, permite integrar ações de diferentes frentes — desde o Meio Ambiente e Defesa Civil até as polícias Militar e Civil, além da Coordenadoria de Perícias, quando necessário.
“O período de estiagem exige ações conjuntas. Essa estrutura integrada economiza recursos e torna a resposta mais eficiente, especialmente em situações emergenciais”, explicou o subdiretor da Diretoria de Proteção Ambiental, major Eduardo Teixeira, .
A reativação do CICC marca o início das ações mais intensas de combate ao fogo neste ano. Desde março, o Corpo de Bombeiros já iniciou a formação de brigadas e o mapeamento de áreas estratégicas para a instalação de bases avançadas no Pantanal sul-mato-grossense.
Essas unidades móveis permitirão que equipes cheguem com mais rapidez a locais remotos, onde o acesso por terra costuma ser limitado.
Além da resposta direta aos incêndios, o plano inclui ações educativas e de orientação em comunidades pantaneiras, como forma de prevenção. A proposta é conscientizar moradores e produtores rurais sobre os riscos das queimadas ilegais e ampliar a vigilância em pontos historicamente afetados.
A operação no Pantanal também será apoiada por tecnologias de rastreamento e análise de dados, que devem auxiliar na identificação precoce de focos e na mobilização de recursos em tempo hábil.
O objetivo, segundo o Corpo de Bombeiros, é conter a propagação das chamas antes que o fogo ganhe grandes proporções — algo que se tornou recorrente nos últimos anos devido à combinação entre estiagem prolongada e degradação ambiental.
Com o Pantanal entre os biomas mais sensíveis do país, o desafio é constante. As medidas adotadas neste início de ano buscam evitar episódios como os registrados em 2020 e 2021, quando o fogo devastou grandes extensões da vegetação nativa e impactou diretamente comunidades ribeirinhas e a fauna local.
*Com informações da Sejusp