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PRESERVAÇÃO E SEGURANÇA

Corumbá intensifica ações preventivas após série de avistamentos de onças

Instalação de câmeras de monitoramento e campanhas educativas buscam segurança e preservação

Onça-pintada tem se aproximado de áreas urbanas com mais frequência nos últimos tempos
Onça-pintada tem se aproximado de áreas urbanas com mais frequência nos últimos tempos - Foto: Reprodução/IHP

Equipes da Prefeitura de Corumbá — por meio da Fundação de Meio Ambiente do Pantanal (FMAP), do Ibama/Prevfogo, da Polícia Militar Ambiental (PMA) e do Instituto Homem Pantaneiro (IHP) — intensificaram o Plano de Ação Interinstitucional destinado ao manejo de onças-pintadas vistas próximas a residências e criações de animais na região da Cacimba, no bairro Cervejaria. Além do diálogo com moradores, outras frentes de trabalho foram reforçadas.

Durante o encontro inicial, relatos foram colhidos da comunidade, dúvidas foram sanadas e responsabilidades de cada órgão foram definidas para agilizar as respostas a novas ocorrências. Em maio foram realizadas visitas educativas no Eco Parque Cacimba da Saúde, quando residentes receberam orientações práticas sobre prevenção e primeiros passos em caso de avistamento de filhote, presa abatida ou aproximação do felino.

Na última sexta-feira (20), técnicos percorreram rotas prováveis das onças na Cacimba e encontraram pegadas frescas. Câmeras de monitoramento já foram instaladas em pontos estratégicos para mapear deslocamentos e antecipar riscos. Com isso, o acompanhamento remoto permitirá ações de afugentamento não letal de forma mais ágil e coordenada.

Conforme a Nota Técnica multi-institucional, publicada em 11 de junho e coordenada pelo Ibama, pelo menos 11 aparições de onças-pintadas foram registradas desde março: ataques a cães no Eco Parque Cacimba da Saúde, avistamentos no Mirante da Capivara e flagras por armadilhas fotográficas perto da fronteira com a Bolívia. No documento, os técnicos no assunto esclarecem em quais situações o animal deve ser capturado e levado para outra área.

Em 6 de junho, câmeras de segurança registraram um animal no quintal de uma casa, que foi afastado por sinalização sonora.

Em síntese, quatro fatores são apontados pelos especialistas para o aumento dos episódios: a cheia do rio Paraguai, a maior comunicação entre moradores e órgãos ambientais, a presença de presas fáceis na zona urbana e os incêndios dos últimos anos. Nesse contexto, moradores são orientados a manter distância mínima de 100 metros, não correr e usar barulho e luz para afugentar o animal.

Por fim, a Prefeitura de Corumbá, por meio da FMAP, reforçou o compromisso com a divulgação contínua de informações, o combate a boatos e a participação ativa da comunidade. Em caso de avistamento, a recomendação é manter a calma e acionar a PMA pelo (67) 9 9266-4052.