Imagina esperar por atendimento durante horas em um posto de saúde. A situação é bastante comum na Unidade Básica de Saúde Familiar (UBSF) do bairro Maria Aparecida Pedrossian na Capital. Segundo a auxiliar de serviços gerais, Arlene Aparecida de Paula de 57 anos, diversas pessoas permaneceram mais de três horas em uma fila de espera que se estendeu por duas quadras no local. Em 2019, a moradora precisou fazer uma cirurgia de catarata, porém, há dois meses tenta reagendar uma nova consulta, já que sente muita coceira e secreção nos olhos.
"Estou tentando a consulta pra pegar o encaminhamento, só que todas as vezes que vou no posto, não tem vaga porque é lotado, daí, eles pedem pra que eu retorne outro dia. Quado cheguei hoje, umas 7h da manhã, tinha uma fila imensa e resolvi ir até o bacão pra tirar informação. A moça falou que tinha que ficar na fila e depois vieram avisar que não tinha mais vaga", explica. Segundo Arlene, em determinado horário, a recepção do posto suspendeu a distribuição de senhas e informou que seria necessário o retorno das pessoas no próximo dia 16 de maio.
Em contato com a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), o órgão explicou que na ocasião, houve uma busca acima do comum na unidade de saúde, sendo necessário, inclusive, acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), após uma criança que estava no local passar mal, contudo não foi observado nenhum cenário como o exposto.
Conforme a nota, um médico que atuava em uma das três equipes de saúde pediu exoneração, porém, a secretaria já contratou outra profissional. Com esta falta, os dois outros profissionais que atuam no local estão encaixando em suas agendas os pacientes que moram na área. Em algumas situações, a população é orientada a buscar por outras unidades”, finaliza o documento.