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Saúde | Hemorrede

Hemosul ganha 39 novos equipamentos e amplia capacidade de processamento de plasma

Novo PAC entrega 39 equipamentos à Rede Hemosul de MS e amplia capacidade de armazenamento e envio de plasma no Estado.

Equipe técnica ao lado de novos freezers e ultrafreezers instalados no Hemosul Coordenador em Campo Grande, durante agenda oficial
Novos equipamentos reforçam a Rede Hemosul de Mato Grosso do Sul, ampliando a capacidade de armazenamento e envio de plasma para a Hemobrás.

A Rede Hemosul de Mato Grosso do Sul deu um passo importante na modernização da estrutura de coleta e processamento de sangue. Na sexta-feira (28), o Ministério da Saúde, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde (SES), apresentou no Hemosul Coordenador um dos 39 novos equipamentos destinados ao Estado. Estes equipamentos foram recebidos por meio do Novo PAC, dentro do programa “Agora Tem Especialistas”. Juntos, eles reforçam a cadeia de frio, aumentam o aproveitamento do plasma coletado e ampliam o envio do hemocomponente para a Hemobrás.

De acordo com a SES, o investimento soma mais de R$ 7,5 milhões e contempla 11 serviços de hemoterapia distribuídos por todas as regiões de Mato Grosso do Sul. Essa ação é articulada com outros 12 estados do país. Com isso, a Hemorrede estadual passa a operar com maior capacidade técnica para armazenamento, congelamento rápido e conservação de plasma voltado à fabricação de hemoderivados. Estes incluem imunoglobulina, albumina e fatores de coagulação.

Campo Grande concentra maior parte dos novos aparelhos

Em Campo Grande, o reforço será mais visível. A capital receberá 10 equipamentos. Dentre eles, sete irão para o Hemosul Coordenador, sede da rede estadual. Os outros três serão instalados no Núcleo de Hemoterapia do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul. Entre os aparelhos adquiridos estão blast freezers, freezers de -30°C e ultrafreezers de -80°C, fundamentais para garantir o congelamento adequado e a preservação do plasma.

Secretário de Estado de Saúde, Maurício Simões, durante entrega na SES.

Além disso, Dourados, Três Lagoas e Ponta Porã devem receber, já na próxima semana, um blast freezer de congelamento rápido em cada unidade. O restante dos equipamentos será entregue de forma escalonada até o primeiro trimestre de 2026. Isso ampliará gradualmente a capacidade de toda a Hemorrede estadual. Dessa forma, o Estado fortalece o fluxo de envio de plasma para a Hemobrás e contribui de maneira mais robusta para a produção nacional de medicamentos derivados do sangue.

Interior tem rede fortalecida e mais segurança na cadeia de frio

No interior, o pacote de investimentos alcança unidades de Aquidauana, Corumbá, Coxim, Dourados, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba, Ponta Porã e Três Lagoas. Nessas praças, os novos equipamentos devem elevar o padrão de qualidade e a segurança no armazenamento e na distribuição do plasma em todo o território sul-mato-grossense. Assim, a Hemorrede reduz riscos de perdas, melhora a estabilidade do hemocomponente e garante que maior volume de material siga para processamento industrial.

Segundo a coordenação da Rede Hemosul, o reforço na cadeia de frio tende a se refletir diretamente no atendimento aos pacientes que dependem de hemoderivados. Com mais equipamentos de alta performance, o sistema consegue aproveitar melhor cada doação. Isso reduz desperdícios e mantém estoques em condições adequadas. Tal condição é decisiva para a oferta de imunoglobulina, albumina e fatores de coagulação na rede pública.

Estado busca nova sede para o Hemosul Coordenador

Durante a agenda, o secretário de Estado de Saúde, Maurício Simões, destacou que a SES trabalha, em conjunto com o município de Campo Grande, para viabilizar uma nova sede para o Hemosul Coordenador. A estrutura atual, com quase quatro décadas de funcionamento, já não comporta a expansão tecnológica prevista para os próximos anos.

Equipamentos novo permitirão a umento da produção de plasma.

A proposta é instalar o serviço em um espaço maior, moderno e próximo à região central, garantindo melhor fluxo de doadores. Além disso, busca-se uma infraestrutura compatível com as demandas crescentes da Hemorrede. Segundo Simões, a parceria com o Ministério da Saúde permite ampliar a capacidade de armazenamento de plasma. Ao mesmo tempo, essa parceria obriga o Estado a planejar uma casa compatível com o novo patamar tecnológico do serviço.

A coordenadora da Rede Hemosul, Marina Torres, reforça que os novos freezers e ultrafreezers vão ampliar o número de doações efetivamente aproveitadas. Já a superintendente substituta do Ministério da Saúde em Mato Grosso do Sul, Rozana Caimar, ressalta que o investimento faz parte de um plano de modernização nacional da Hemorrede. Este plano é estimado em R$ 116 milhões. No caso de MS, eleva o padrão de segurança, eficiência e qualidade dos serviços ofertados em todas as regiões do Estado.