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Quase duas toneladas de carne imprópria para consumo são apreendidas em Selvíria

Carne era abatida de forma clandestina e transportada sem higiene

Carne era abatida de forma clandestina e transportada sem higiene - Foto: Divulgação/Polícia Civil de MS
Carne era abatida de forma clandestina e transportada sem higiene - Foto: Divulgação/Polícia Civil de MS

Uma operação conjunta entre a Polícia Civil e a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) resultou na apreensão de 1.863 quilos de carne imprópria para consumo no município de Selvíria, nesta semana.

Duas pessoas foram presas em flagrante por envolvimento com o comércio clandestino de alimentos.

A investigação teve início após uma denúncia encaminhada pelo setor de repressão a abates clandestinos da Iagro. A partir disso, equipes da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo (Decon) passaram a monitorar uma fazenda suspeita de realizar o abate irregular de gado.

Segundo a polícia, o abate ocorria em meio à mata, com a carne sendo armazenada diretamente sobre o chão, em contato com a terra, insetos e sangue. O produto, sem qualquer controle de temperatura ou higiene, era transportado em uma carroceria até um açougue da cidade, onde seria vendido à população.

Durante a entrega da carga, os agentes flagraram a irregularidade e deram voz de prisão ao proprietário do açougue, de 48 anos, e ao homem responsável pelo transporte da carne, de 55 anos.

Em depoimento, o transportador revelou que não é dono da fazenda, mas que costuma comprar animais de baixa qualidade ou doentes, realiza o abate clandestino e vende a carne para açougues e mercados da cidade.

Ao retornarem à fazenda onde ocorreram os abates, os policiais constataram que o proprietário havia fugido. Ele será intimado a prestar depoimento nos próximos dias.

Estabelecimento não tinha licença

A inspeção constatou ainda que o açougue não possuía licenças obrigatórias para a produção e comercialização de alimentos, como linguiças artesanais e carnes temperadas.

O dono foi autuado por venda de produtos impróprios para consumo, crime que prevê pena de um a cinco anos de prisão.

A Vigilância Sanitária e o Serviço de Inspeção Municipal de Selvíria também foram acionados para garantir a destinação adequada do produto apreendido.

Riscos à saúde

De acordo com a Decon, carnes provenientes de abates clandestinos são, em geral, oriundas de animais doentes, não vacinados e sem qualquer controle sanitário, representando risco elevado de doenças graves aos consumidores, inclusive com possibilidade de morte.

A orientação é para que casos suspeitos de abate irregular sejam denunciados à Polícia Civil ou ao Iagro, por meio dos canais oficiais de atendimento.

*Com informações da Polícia Civil de MS