Veículos de Comunicação

ENTREVISTA

Semana do Pescado movimenta Mercadão e reforça tradição familiar no comércio de peixes em Campo Grande

Presidente do Mercadão destaca crescimento do consumo, inovações e importância cultural do espaço para a cidade

Brasileiro consume, em média, entre 10 a 12kg de pescado por ano - Foto: Reprodução/TVC
Brasileiro consume, em média, entre 10 a 12kg de pescado por ano - Foto: Reprodução/TVC

A 22ª edição da Semana do Pescado começou em Campo Grande com novidades no Mercadão Municipal, que se consolidou como ponto de referência para quem busca peixes e frutos do mar.

A campanha nacional, que se estende de 1º a 15 de setembro, tem como objetivo incentivar o consumo de pescado no Brasil.

O presidente do Mercadão, Cleuber Linares, durante entrevista ao programa Tarde da Massa, nesta terça-feira (2) lembra que a iniciativa ajudou a elevar o consumo médio do brasileiro de 3,5 quilos por pessoa ao ano, há duas décadas, para 10 a 12 quilos atualmente.

Ainda assim, o número está abaixo da média mundial de 20 quilos. “O objetivo está sendo alcançado, mas ainda temos muito caminho pela frente”, avaliou.

Do pacu inteiro ao hambúrguer de peixe

Cleuber destacou a transformação do consumo ao longo dos anos. Se antes os clientes levavam pacu ou pintado inteiros para preparar em casa, hoje encontram cortes variados, filés sem espinhas, peixes recheados e até versões já assadas aos fins de semana.

A inovação também trouxe itens como hambúrgueres e bolinhos de peixe para facilitar a rotina de quem busca uma alimentação saudável.

“O que afastava muita gente do pacu era a quantidade de espinhas. Agora temos opções sem espinhas, prontas para forno ou churrasqueira. A praticidade abriu espaço para novas gerações conhecerem e consumirem o peixe”, explicou.

Campo Grande adere à campanha

Cleuber Linares nos estúdios da Massa FM Campo Grande – Foto: Rodrigo Moreira/Portal RCN67

Segundo Cleuber, a Semana do Pescado impulsiona as vendas em Campo Grande, com crescimento de até 35% no período em comparação com semanas normais. A organização começa logo após a Semana Santa, com negociações que permitem oferecer descontos de até 30% em produtos selecionados.

Exemplos citados foram a Piramutaba, vendida a R$ 19,90 o quilo, e a sardinha, ofertada a R$ 10,90. “Mostramos que peixe não é caro. Há opções para todos os bolsos, desde os mais simples até cortes importados como o salmão”, afirmou.

Gastronomia e tradição no Mercadão

O movimento também se reflete nas pastelarias do Mercadão, que criaram versões recheadas de peixes como tilápia, pacu, pintado e até moqueca. Para Cleuber, a iniciativa ajuda a fomentar todo o comércio do espaço, já que o consumidor aproveita para adquirir temperos, farinhas e outros ingredientes.

Ele ressalta ainda o valor afetivo do Mercadão. “Eu cresci correndo nos corredores. Hoje atendo os filhos e netos daqueles que compravam peixe com meu pai. O diferencial do Mercadão é esse calor humano, esse contato direto com o dono da banca”, afirmou.

Identidade cultural de Campo Grande

Para o presidente, o Mercadão é mais do que um centro de compras: é parte da identidade da cidade. “É impressionante encontrar pessoas que nunca foram ao Mercadão. Faz parte da nossa história, é um espaço de convivência, de amizade e de tradição. Vale a pena conhecer”, completou.

Confira a entrevista na íntegra: