
Mato Grosso do Sul deve se tornar um dos dez maiores produtores de energia solar do país com a implantação de três usinas fotovoltaicas que, juntas, terão capacidade para suprir 63% do consumo atual do estado. O investimento de R$ 5,12 bilhões será distribuído entre os municípios de Campo Grande, Paranaíba e Paraíso das Águas, com início das operações previsto para junho e julho de 2026 nas duas primeiras unidades e setembro de 2027 na terceira.
As novas plantas vão ampliar em 45% a potência instalada do estado e representar um aumento de 8% na geração solar nacional. Segundo o governo, a expansão da oferta de energia é estratégica para sustentar os R$ 105 bilhões em investimentos privados previstos para Mato Grosso do Sul.
A usina Rio Brilhante, em Campo Grande, ocupará uma área de 1.100 hectares e contará com 1,1 milhão de módulos solares capazes de gerar 491 megawatts (MW). O projeto Solar Seriemas, em Paranaíba, terá 940 hectares e 889 mil módulos, com potência de 400 MW. Já o projeto Solar Paraíso, em Paraíso das Águas, será o maior dos três, com 1,25 mil hectares, 1,25 milhão de módulos e potência instalada de 640 MW.
Durante o pico das obras, os empreendimentos devem gerar mais de 4 mil empregos. Todos os projetos licenciados pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) destinaram cerca de R$ 25 milhões em compensação, além de adotarem medidas de mitigação ambiental.
Além da energia solar, Mato Grosso do Sul também se destaca pela geração a partir da biomassa da cana-de-açúcar e florestas plantadas. A ampliação da matriz solar reforça o compromisso do estado com a meta de ser Carbono Neutro até 2030, além de ampliar o uso de fontes renováveis em prédios públicos e comunidades isoladas, como no programa Ilumina Pantanal, reconhecido internacionalmente por levar energia solar a quase três mil famílias no bioma.
As três usinas integram a expansão do portfólio da Casa dos Ventos, empresa brasileira associada à TotalEnergies, com mais de 4,3 gigawatts em operação e construção. O grupo atua em projetos que somam mais de 60 gigawatts no país e busca consolidar o Brasil como referência na transição para uma economia de baixo carbono.