Esta é a segunda vez que o vereador de Angélica, conhecido como Alex Rodinha é preso por este tipo de crime
O vereador de Angélica, Alexssandro Ferreira Nogueira, conhecido como Alex Rodinha (PSDB), foi solto na noite de quarta-feira (25) após ser preso em flagrante com 275 pacotes de cigarros contrabandeados. Ele foi conduzido à Delegacia da Polícia Federal em Dourados e agora vai responder ao processo em liberdade, monitorado por tornozeleira eletrônica.
Rodinha, que ocupa o cargo de segundo secretário da Mesa Diretora da Câmara Municipal, foi flagrado por uma equipe da Força Tática do 14º Batalhão da Polícia Militar enquanto trafegava com uma Toyota Hilux pela MS-276, em Fátima do Sul. O vereador tentou fugir por uma estrada vicinal, mas perdeu o controle do veículo e colidiu contra um barranco. A mãe dele estava como passageira.
Durante a abordagem, o parlamentar admitiu o transporte irregular da carga e disse que já havia sido processado anteriormente pelo mesmo crime. Segundo relatou, os cigarros foram adquiridos nas imediações do terminal rodoviário de Dourados e seriam revendidos em seu comércio no distrito de Ipezal.
Apesar da reincidência, o juiz federal Moisés Anderson Costa Rodrigues da Silva decidiu pela soltura, argumentando que a prisão preventiva seria excessiva diante das circunstâncias. Em sua decisão, o magistrado destacou:
“Alex já havia sido preso, o que indica que faz uso do crime como meio de vida. Contudo, a prisão cautelar deve ser medida excepcional e pode ser substituída por medidas menos gravosas.”
Como condição para responder em liberdade, o vereador deverá cumprir 15 medidas cautelares, incluindo a apresentação à Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) para instalação da tornozeleira eletrônica. O juiz também determinou a quebra do sigilo telefônico de Alex Rodinha para aprofundar as investigações.
Reincidência e Contrabando de Cigarros
Essa é a segunda vez que o vereador é flagrado por contrabando. Em julho de 2023, ele foi detido pela Polícia Militar Rodoviária na MS-145, região de Deodápolis, com 210 pacotes de cigarros. Na época, estava com a esposa e também respondeu ao processo em liberdade.
O prejuízo estimado da carga apreendida nesta semana foi de R$ 215 mil. O caso reacende discussões sobre a conduta de agentes públicos e o uso da função para acobertar práticas criminosas recorrentes.