
Em nota divulgada à imprensa nesta quinta-feira (27), o deputado estadual Neno Razuk (PL), o pai, Roberto Razuk, e os irmãos, Jorge Razuk Neto e Rafael Godoy Razuk negaram a acusação de integrar uma organização criminosa com violência. “Trabalhamos e desenvolvemos nossos negócios de forma transparente e pacífica”, diz a nota.
Essa foi a primeira manifestação da família Razuk sobre a nova fase da Operação Successione, desencadeada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) na terça-feira (25), que resultou na prisão do patriarca Roberto Razuk, e dos filhos Jorge e Rafael Razuk, durante cumprimento de mandados em Dourados.
“A imprensa tem divulgado partes da investigação de nova fase da Operação Successione do Gaeco. Declaramos que ainda não fomos oficialmente cientificados daquilo que foi apurado. Quando isso ocorrer, iremos nos defender”.
A quarta fase da Operação Successione prendeu 20 pessoas, entre as quais o pai e os irmãos de Neno. Eles foram acusados de manter uma organização criminosa estruturada e violenta para assumir o jogo do bicho na Capital e expandir os negócios para desbancar o grupo de “Cachoeira de Goiânia” em Goiás.
Nesta quarta (26), a Justiça de Mato Grosso do Sul deferiu a conversão da prisão preventiva, em prisão domiciliar à Roberto Razuk, de 84 anos. Segundo a defesa, as medidas administrativas foram aplicadas exclusivamente à Roberto Razuk, em razão de seu estado de saúde. Ele irá utilizar monitoramento eletrônico. Já os irmãos Jorge e Rafael seguem detidos.
Confira a nota na íntegra:
“Roberto Razuk, Roberto Razuk Filho, Rafael Godoy Razuk e Jorge Razuk Neto se manifestam:
A imprensa tem divulgado partes da investigação de nova fase da Operação Successione do Gaeco. Declaramos que ainda não fomos oficialmente cientificados daquilo que foi apurado. Quando isso ocorrer iremos nos defender.
Nos termos da Constituição, ninguém pode ser considerado culpado antes de um regular processo, com condenação definitiva. Negamos com veemência a prática de qualquer ilícito.
Sobre os fatos que vêm sendo divulgados nunca fomos ouvidos pelas autoridades. Bastava sermos intimados, que os depoimentos ocorreriam com naturalidade, tudo sendo esclarecido.
É falso que formamos organização criminosa: isso não existe; trata-se de falsa acusação. Trabalhamos e desenvolvemos nossos negócios de forma transparente e pacífica.
É falso e inexistente qualquer plano para desbancar grupo de jogo do bicho de SP e Goiás. Será provado o absurdo dessa alegação. Esse fato já consta de processo judicial, com regular defesa apresentada.
É falso e inexistente qualquer ato de violência praticado ou por nós planejado, no Mato Grosso do Sul ou em outro Estado. Nossa família não se envolve com qualquer espécie de violência, roubos ou práticas criminosas.
No momento oportuno, e dentro do processo judicial, tudo será devidamente esclarecido. Aguardaremos com paciência decisão justa e final da Justiça, órgão que respeitamos.”