
A macaúba deixou de ser apenas um fruto típico do cerrado e se tornou símbolo de transformação. Por meio do Programa Jovem Sucessor Rural, do Senar/MS, um grupo de universitários levou conhecimento, geração de renda e novas oportunidades à Associação de Mulheres Produtoras do Assentamento Santa Olga, ao valorizar o potencial nutritivo e produtivo do alimento e integrá-lo aos produtos já feitos no campo.
Segundo as informações do Sistema Famasul/MS, os protagonistas dessa história são os Guardiões do Cerrado, time formado por estudantes que não vieram das ciências agrárias, mas caminhavam próximos ao campo por meio de ação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, como o Programa de Capacitação em Empreendedorismo Rural (PCER). Foi essa experiência prévia que preparou o terreno para o passo seguinte.
Convidados pelo Sindicato Rural de Nova Andradina, eles ingressaram no Programa Jovem Sucessor Rural e, ao longo das capacitações, enfrentaram desafios, ampliaram a visão sobre o agro e desenvolveram um projeto que conquistou o terceiro lugar no programa.
Foi nesse caminho de aprendizado que surgiu a descoberta da macaúba que mudaria o rumo do trabalho. Até então desconhecido pelo grupo, o fruto típico do Cerrado revelou um potencial surpreendente. Rico em nutrientes, livre de glúten e com aproveitamento integral, da casca à amêndoa, ela se mostrou capaz de unir sustentabilidade, saúde e geração de renda, ganhando o título de “ouro do Cerrado”.
Com esse conhecimento, os jovens decidiram voltar o olhar para quem já produz no campo. A parceria com a Associação de Mulheres Produtoras do Assentamento Santa Olga fortaleceu uma relação construída em outros projetos e ganhou novo significado. A macaúba passou a fazer parte do projete de integrar pães, bolos, doces e produtos artesanais já feitos pelas mulheres, agregando valor, ampliando possibilidades de comercialização e abrindo caminhos para novos mercados, como a merenda escolar.
O impacto foi imediato. Para a associação, o projeto representou retomada, movimento e perspectiva. Ideias que estavam paradas ganharam fôlego, a produção foi enriquecida e o conhecimento compartilhado trouxe autonomia e confiança. Mais do que aprender sobre um fruto, as mulheres passaram a enxergar novas formas de gerar renda e fortalecer a própria organização.
Agora, os Guardiões do Cerrado sonham em ir além. O objetivo é transformar o Macavida em uma startup, difundir o uso da macaúba pelo Brasil e fazer do Cerrado uma referência de inovação e sustentabilidade. Uma história construída a muitas mãos, que mostra como o Senar/MS, ao aproximar juventude, conhecimento e comunidades de mulheres rurais, transforma realidades e semeia futuros que já começaram a dar frutos.
Com informações da Assessoria de Comunicação do Sistema Famasul