As vendas de automóveis bateram recordes no mês passado em todo o Brasil. Conforme dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), nestes ano, as vendas de veículos novos, entre nacionais e importados, somaram 353,2 mil unidades, um crescimento de 22,9% em junho na comparação com maio. O aquecimento no mercado deve-se, principalmente, à redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis, anunciado no fim de maio e que impactou significativamente o mercado três-lagoense.
Elizangela explicou que a redução do IPI possibilitou uma queda nos preços que variam de 3% a 7%, dependendo do modelo. Um carro popular, por exemplo, que era comercializado pelo preço médio de R$ 27,9 mil, sem o imposto, caiu para R$ 24 mil. De acordo com a consultora, os carros populares são os mais procurados pela população. No entanto, muitos consumidores estão aproveitando o desconto para adquirirem modelos intermediários e de luxo. “As pessoas estão muito antenadas. Logo após o anúncio do governo [federal] para a redução, a procura aumentou”, disse.
O impacto instantâneo também foi sentido na Ação Motors, da Nissan. A concessionária está no município há apenas três meses e já comemora um recorde nas vendas. Segundo o gerente de vendas, Cleiton Eduardo de Souza, as vendas de carros novos aumentaram em 70% em junho. “Inauguramos em abril. Se comparado ao mês de maio, as vendas praticamente dobraram”, disse, sem falar em números.
Ele explicou que esse aumento se manteve neste mês. Entretanto, os interessados em aproveitar o desconto devem procurar por veículos já previstos em estoque. Caso contrário, o carro pode sair do prazo do desconto – que está previsto para se encerrar em agosto.
Os dois entrevistados pelo Jornal do Povo informaram que não há sinalização do governo federal para uma possível prorrogação do desconto. O presidente da Anfavea, Cledorvino Belini, antecipou que não haverá prorrogações. Para ele, a redução foi uma medida acertada para as montadoras reduzirem seus estoques e, consequentemente, aumentar a produção de emprego. A geração de empregos aumentou de 145 mil trabalhadores contratados em maio para 147 mil em junho.