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Três Lagoas, 11 de maio

Chuva deixa agricultores de MS apreensivos no início da colheita

Volume de chuvas nos 13 primeiros dias de janeiro ultrapassa a média histórica do mês em algumas cidades

Por Redação
14/01/2016 • 09h34
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 O alto índice de chuvas deixa os produtores rurais sul-mato-grossenses apreensivos na véspera do início da colheita de soja. Segundo o Centro de Monitoramento de Tempo, do Clima e dos Recursos Hídricos de Mato Grosso do Sul (Cemtec- MS), há municípios nos quais o volume de chuvas nos 13 primeiros dias de janeiro ultrapassa a média histórica do mês, como Bela Vista e Sete Quedas.

Em Campo Grande, choveu 226,2 milímetros no período, quase o mesmo que a média histórica do mês todo, que é de 231,9 milímetros. O temor é que a chuva comprometa a previsão inicial para a safra 2015/2016 de soja, com estimativas de colheita de 7,4 milhões de toneladas do grão.

O secretário de Estado de Produção e Agricultura Familiar, Fernando Lamas, acompanha a apreensão dos diferentes segmentos envolvidos com a produção agrícola em Mato Grosso do Sul. O excesso de chuvas já prejudicou os pequenos produtores de hortifruti. “O segmento das folhosas está sendo duramente afetado. Já podemos conferir reflexos diretos nos preços de alface e couve, por exemplo”, lamenta Lamas, que também é engenheiro agrônomo.

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Os municípios onde o problema é mais grave são Amambai, Aral Moreira, Ponta Porã e Laguna Caarapã. Muitos produtores estão drenando as lavouras por meio de valetas para eliminar os excessos. “Quando as plantas recebem água em excesso, elas encerram o seu ciclo antecipadamente, o que pode resultar em uma colheita abaixo de esperado, com grãos menores e com menos peso, e interferir nos números de produtividade”, explica.

O grande número de áreas com algum grau de inundação preocupa e mesmo não sendo essa inundação em áreas totais, mas nas partes mais baixas, o que já coloca o produtor em alerta. “A persistência do clima chuvoso num solo saturado causa o encharcamento. Temos ocorrências em diversas propriedades”, afirma o secretário.

Lamas ressalta ainda a preocupação com as vias de acesso, comprometendo o escoamento da produção. Segundo dados da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), o Estado tem 43 pontes destruídas e 24 danificadas. Também são 24 os municípios em situação de emergência. Como medida emergencial, o Governo do Estado busca o apoio do Exército Brasileiro. “Trabalhamos com a possibilidade de que sejam montadas pontes móveis em alguns municípios”, afirmou.

Se as chuvas persistirem, também existe o risco de se acentuem as dificuldades para o controle das pragas na lavoura, o que pode impactar diretamente na produtividade. Lamas alerta ainda que se o quadro se mantiver após o dia 20 de janeiro, os produtores terão prejuízos qualitativos e quantitativos, pois a soja começará a arder e perder qualidade.

(Notícias MS)

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