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Três Lagoas, 08 de dezembro

Parceria: saída para viabilizar negócio de pequenos produtores de hortifrutis

Cooperativa reduz custo de produção e intermedeia vendas de frutas, legumes e verduras para atacadista de Campo Grande

Por Valdecir Cremon
09/06/2019 • 06h35
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Diversificar o escoamento da produção é um dos principais desafios vividos pela agricultura familiar. Grande parte destes pequenos agricultores vive em áreas distantes dos mercados, por isso são estudadas formas de escoar as mercadorias, a fim de evitar prejuízo com produtos perecíveis e garantir renda para quem trabalha no campo. Nesse sentido, algumas ações resultaram positivamente no Estado.

De acordo com a  Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural, de Mato Grosso do Sul, o segmento tem se destacado, sendo responsável por uma movimentação de mais de R$ 800 milhões nos últimos quatro anos. 

O trabalho realizado pela Cooperativa Agrícola Mista da Pecuária Leiteira e de Corte e da Agricultura Familiar, em Terenos, mostra força do setor. Segundo a cooperativa, mais de 90% de sua produção de hortifruti é destinada aos mercados da rede localizados em Campo Grande. Entre os produtos comprados diretamente com a cooperativa, estão berinjela, abóbora brasileira, abóbora paulista, pepino japonês, pepino comum, abóbora cabotiã, mandioca, maxixe, tomate cereja e jiló. 

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RESULTADOS

A presidente da cooperativa, Carlinda Rezende, relata que, antes da parceria com a rede atacadista, os cooperados enfrentavam diversos problemas para manter as atividades. “No início, havia muita resistência do mercado local em adquirir os produtos e, com isso, não conseguíamos manter a produção. A parceria com a empresa Fort Atacadista, de Campo Grande, foi importante porque ele foi um dos primeiros a acreditar no nosso trabalho”, lembra. 

Na época, o grupo de agricultores recebeu assistência técnica do Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) por meio do programa Hortifruti Legal, o que auxiliou na qualificação e profissionalização da ações, ajudando a potencializar a produção. Com mais credibilidade no setor, a cooperativa passou a escoar mais facilmente as mercadorias, principalmente quando o Fort passou a ser o principal comprador. “Isso trouxe aos produtores a garantia de comercialização, e assim foi possível investir em ferramentas para melhorar a produção”, afirma Carlinda. 

A estabilidade na produção e na geração de renda trouxe, ainda, um importante impacto social, pois muitas famílias foram reestruturadas e voltaram a trabalhar juntas.

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