
Um novo caso de abate clandestino de gado foi registrado na Fazenda Acácias, pertencente ao médico e produtor rural, Jairo Queiroz. As imagens encaminhadas por ele mostram a cabeça e vísceras de um animal deixadas no local após o crime, provavelmente ocorrido entre a noite desta segunda (15) e madrugada desta terça-feira (16).
Segundo Jairo, a ocorrência não é isolada e vem se repetindo em diferentes pontos da região, causando grande preocupação entre os produtores. Ele relata que o animal abatido era de alto valor genético e que o caso evidencia a ação de criminosos com experiência e habilidade. “Eles deixaram só a cabeça e as vísceras. Cortaram de forma precisa, mostrando que são pessoas com prática nesse tipo de ação. É uma situação que incomoda muito, não apenas a mim, mas todos os pecuaristas da região”, disse.
O produtor defende que a divulgação pública desses episódios pode ajudar a alertar a comunidade e incentivar denúncias anônimas que auxiliem as autoridades na investigação. “Já relatei o problema para as autoridades competentes”, afirmou, ressaltando que acredita no trabalho das polícias, embora seja uma investigação mais complicada por se tratar de crimes que ocorrem de madrugada.
Jairo destacou ainda que outras situações semelhantes já foram registradas em sua propriedade.
A estimativa é que cada animal custa, no mínimo, R$ 15 mil, além do inestimável prejuízo genético, fruto de décadas de seleção rigorosa. Os furtos afetaram não só o bolso, mas também o trabalho de melhoramento genético, essencial para a pecuária moderna. O pecuarista destaca que é um processo caro e demorado, que envolve inseminação artificial e controle técnico da ABCZ (Associação Brasileira de Criadores de Zebu).
As imagens e relatos já foram encaminhados às autoridades competentes para apuração.