DO LEITOR “Como dizia o ex-governador Abreu Sodré, “política é a arte de engolir sapos”. A definição se aplica na “reconciliação” de André e Antônio João. Aliás, André foi quem mais saiu perdendo no episódio, desnecessário”.
PENSANDO BEM… a perda se deve aos embates que se tornaram públicos, inclusive os termos pejorativos e apelidos dispensados ao jornalista pelo governador. Cá entre nós: André não precisava disso para faturar a reeleição.
ZECA já sentiu que está perdendo nas composições partidárias. Não tem o poder que usou para se reeleger (lembra-se?). O que tem de palpável para oferecer aos aliados? Virá munição ou respaldo de Brasília?
OS DIRIGENTES partidários são profissionais. Não escondem que vão ficar com quem oferecer melhores vantagens para inclusive eleger seus deputados. Esse papo de afinidade e ideologia é papo para boi dormir.
O CASO do PTB – que tende anunciar até dia 9 sua opção por André – é apenas um exemplo. Daí é de estarrecer a “indignação do ingênuo” Antônio João, que perdeu o diretório para Ivan Louzada. Menos, please…menos!
AVISO O exercício de cargo na administração pública ajuda, mas não é passaporte carimbado para a AL e Câmara Federal. O sucesso nas urnas depende da competência e do estilo do candidato de saber fazer política.
NO SAGUÃO da AL se ouve de tudo. Fala-se que na hora do desespero, Zeca poderia incentivar o voto no primo Moka, como forma de diminuir a densidade eleitoral de Delcídio. Seria a chamada “vingança maligna”.
PERDENDO a eleição, qual o futuro de Zeca? Bem…se Dilma se eleger poderia ser compensado com algum cargo, o que o petistas mais gostam! Se Dilma perder, poderia tentar a prefeitura da capital, onde tem rejeição alta.
DELCÍDIO & FUTURO Ganhando Dilma, ele pode virar ministro, com reflexos no quadro estadual. Mais 8 anos de mandato e com o Ministério das Minas e Energia, ele pode até perder a obsessão pelo Parque dos Poderes.
NA HIPÓTESE de Dilma perder, ele terá outras opções, inclusive mudar de partido, onde os caciques o aceitem, é claro. Teria que ser uma agremiação sem grandes estrelas, que apostaria as fichas no carisma do senador.
O SENADOR sabe que PMDB e PSDB não lhe dariam espaço. Não seria conveniente às pretensões de suas respectivas lideranças. Mas neste caso, poderia num outro partido menor, disputar o Governo em 2014…e dar trabalho.
AS PESQUISAS mostram que o eleitorado de Delcídio vai das classes A até D. Vota-se pelo seu prestígio em Brasília, desempenho no Senado, benefícios de emendas no orçamento e sua boa imagem pública.
É FORTE! Não tenho conversado com Marun, mas ouço prefeitos e vereadores satisfeitos com seu trabalho. Além do mais, habita o universo dos homens de confiança de André. Deve superar a marca dos 30 mil votos.
JOCELITO é um prefeito pratico. Retribuirá com votos aqueles políticos que ajudaram Chapadão com ações diversas. Em papo recente abriu o jogo: se diz grato ao governador André, que tem se mostrado seu fiel parceiro.
BRAGA Sem rabo preso, está muito à vontade para decidir com quem ficar nestas eleições, independentemente da filiação partidária. De bem com a vida, tendo optado pelo descanso, deve caminhar ao lado de André.
DOURADOS Até os seus jornalistas – independentes – reconhecem a mediocridade do nível político. Nomes é que não faltam, mas falta-lhes comprometimento com o interesse público, sem atrelamento aos “esquemas paralelos”.
A FAMA de Dourados é muito ruim! Superou inclusive Ponta Porá – de antigamente. Políticos e figuras escroques se misturaram em prejuízo a comunidade, dinâmica por sinal. Até o PT – que pregava moralidade – saiu queimado.
ARMANDO NOGUEIRA: “Gol de letra é injúria; gol contra é incesto; gol de bico é estupro. Os cartolas pecam por ação, omissão ou comissão. No futebol matar a bola é um ato de amor. Se a bola não quica, mau-caráter indica”.
PREVISÕES: Vencendo André e Serra, teríamos em 2014 as candidaturas de Simone, Delcídio e Marisa, com chance da última ter ocupado o Ministério da Educação. Imaginação é que não faltam aos jornalistas.
DETALHES: 53% dos que aprovam Lula, votam em Dilma, que baixou a rejeição de 35% para 20%. Na espontânea, Dilma tem 12% e Serra apenas 8%. Muita água vai rolar e o nível da campanha dependerá da postura de Lula.
SERRA Gostei de suas colocações na festa de despedida. Mostrou seu estilo discreto, autêntico, corajoso e com projeto de governo. Não usou expressões odiosas de quem estivesse pronto para matar e morrer.