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Degelo gerará US$ 28 bilhões em danos nas cidades litorâneas

Um aumento do nível dos mares provocará danos nas 136 cidades portuárias mais importantes do mundo

Inundações em mais de uma centena de grandes cidades em consequência do degelo poderão causar danos em um valor de até US$ 28 bilhões (18,8 bilhões de euros) em 2050, segundo um estudo do WWF (Fundo Mundial para a Natureza) divulgado nesta segunda-feira (23).

"Se a temperatura aumentar entre 0,5 e 2 graus até 2050, então é possível que o nível dos mares suba meio metro, provocando importantes danos econômicos", explicou a diretora de Clima e Energia da WWF Suíça, Ulrike Saul.

Um eventual aumento como esse do nível dos mares provocará danos avaliados em US$ 28 bilhões nas 136 cidades portuárias mais importantes do mundo, segundo o estudo, do qual também participou a companhia de seguros alemã Allianz.

"Se as políticas atuais em matéria de proteção do clima não mudarem, o mais provável é que cheguemos a um aumento de dois graus em 2050", ressaltou Saul.

A costa nordeste dos Estados Unidos é uma região que será muito afetada pela elevação do nível do mar, que neste caso poderá superar em 15 centímetros o aumento médio mundial.

Em Nova York, "o aumento do nível do mar poderá ser agravado por um aumento da frequência e da gravidade das tempestades e furacões", indica o estudo.

Associado a uma elevação do nível do mar, um furacão de categoria 4 que afetar essa cidade norte-americana poderá gerar mais de US$ 5 bilhões em danos em 2050, contra US$ 1 bilhão estimado atualmente, segundo a WWF.

"Esta é a razão pela qual devemos agir para impedir um aumento da temperatura superior a dois graus em relação às temperaturas pré-industriais", adverte um dos diretores da WWE Suíça, Walter Vetterli, citado em comunicado.

Para conseguir isso, os países industrializados deverão reduzir suas emissões de CO2 (dióxido de carbono) em 40% até 2020, estima a organização, que exorta os governos que participarão da cúpula sobre o clima da ONU, que será realizada no próximo mês em Copenhague, a adotar "um acordo ambicioso e vinculante" para substituir o Protocolo de Kyoto, que expira em 2012.