Veículos de Comunicação

Imunização

Fake news dificultam vacinação contra HPV

Ministério da Saúde emitiu uma nota em que ressalta que notícias falsas são empecilho para que se tenha aumento da cobertura vacinal do HPV

Foram registrados 401 casos de HPV em 2018, diz secretaria. - Divulgação/Agência Brasil
Foram registrados 401 casos de HPV em 2018, diz secretaria. - Divulgação/Agência Brasil

A funcionária pública Verena Monteiro, de 34 anos, levou seu filho Lucas, de 11 anos, no ano passado para tomar a vacina contra o HPV, mas antes de tomar a decisão, ouviu de outras pessoas que a vacina não tinha sido testada corretamente. Mesmo rodeada por fake news, ela autorizou a vacinação do filho e explica que acha melhor a prevenção do que depois o tratamento. “Eu acho importante a vacinação porque ela previne a doença. Você tratar a doença depois é muito mais difícil, custoso, as vezes dolorido, do que você vacinar seu filho antes”.

ESCLARECENDO
O médico que atende o Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE), Antônio Graciliano, explica que foram feitas várias pesquisas em relação a vacina. “Ela não foi testada simplesmente agora. Já tem amplos trabalhos que foram feitos anteriormente”.

O Ministério da Saúde emitiu uma nota em que ressalta que notícias falsas são empecilho para que se tenha aumento da cobertura vacinal do HPV. Segundo dados da pasta, entre 2014 e 2018, foram vacinadas na faixa etária de 9 a 14 anos, 5,19 milhões de meninas com a segunda dose da vacina, o que representa 49% do público-alvo. 

A imunização contra o HPV é uma vacina de rotina para adolescentes de acordo com o médico Antônio Graciliano, para meninas de 9 até 14 anos e 11 meses e para os meninos de 11 anos até 14 anos e 11 meses. A vacina está disponível em todas as unidades de saúde que tenham sala de vacina. Conforme ressalta o ministério, a vacina não é eficaz contra infecções ou lesões por HPV já existentes.