
A funcionária pública Verena Monteiro, de 34 anos, levou seu filho Lucas, de 11 anos, no ano passado para tomar a vacina contra o HPV, mas antes de tomar a decisão, ouviu de outras pessoas que a vacina não tinha sido testada corretamente. Mesmo rodeada por fake news, ela autorizou a vacinação do filho e explica que acha melhor a prevenção do que depois o tratamento. “Eu acho importante a vacinação porque ela previne a doença. Você tratar a doença depois é muito mais difícil, custoso, as vezes dolorido, do que você vacinar seu filho antes”.
ESCLARECENDO
O médico que atende o Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE), Antônio Graciliano, explica que foram feitas várias pesquisas em relação a vacina. “Ela não foi testada simplesmente agora. Já tem amplos trabalhos que foram feitos anteriormente”.
O Ministério da Saúde emitiu uma nota em que ressalta que notícias falsas são empecilho para que se tenha aumento da cobertura vacinal do HPV. Segundo dados da pasta, entre 2014 e 2018, foram vacinadas na faixa etária de 9 a 14 anos, 5,19 milhões de meninas com a segunda dose da vacina, o que representa 49% do público-alvo.
A imunização contra o HPV é uma vacina de rotina para adolescentes de acordo com o médico Antônio Graciliano, para meninas de 9 até 14 anos e 11 meses e para os meninos de 11 anos até 14 anos e 11 meses. A vacina está disponível em todas as unidades de saúde que tenham sala de vacina. Conforme ressalta o ministério, a vacina não é eficaz contra infecções ou lesões por HPV já existentes.