Veículos de Comunicação

CRIMINOSO IMITANDO CRIMINOSO!

PCDF investiga extorções feitas por falsa garota de programa do PCC com vítimas em MS

Celular exibindo mensagens de ameaça e viatura policial ao fundo.
Caso em Campo Grande repete o modus operandi de extorsões por “falso PCC” investigadas pela PCDF. Foto: Gerada por IA
Tudo começa com “garota de programa” dizendo ser do PCC: extorsão em Campo Grande reflete operação da PCDF

Em Campo Grande, um morador do Nova Lima perdeu R$ 3,6 mil após uma sequência de ameaças. A situação teria começado com contato de “garota de programa” e escalado para mensagens em que o interlocutor dizia ser do falso PCC. Depois de consultar valores em um site e desistir do encontro, foram recebidas ligações e textos de um número de Mato Grosso. Havia exigência de pagamento pelo “tempo ocupado” e intimidações de violência.

A pressão resultou em três transferências via Pix — R$ 450, R$ 1.000 e R$ 2.200 — sob ameaça de perseguição a familiares e divulgação de prints com endereços. Ao perceber o golpe, a vítima procurou a polícia. O caso foi registrado na DEPAC Centro e será investigado quanto à autoria e ao uso de dados pessoais para coagir o pagamento.

Operação Falso Anúncio e Semelhanças Criminosas

O roteiro guarda semelhança com a operação “Falso Anúncio” da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), deflagrada em 20 de agosto. A operação aponta uma engrenagem criminosa baseada em anúncios falsos, cobrança “punitiva” após desistência e ameaças atribuídas a suposta facção. Na ação, foram cumpridos mandados de prisão e de busca para recolher celulares, mídias e chaves Pix. Além disso, buscaram identificar laranjas e operadores financeiros.

Segundo a dinâmica descrita no DF, é utilizada a combinação de múltiplos chips, e-mails falsos e troca de números para dificultar o rastreamento. Enquanto isso, são replicados anúncios em diferentes sites para captar vítimas. O caso de Campo Grande repete os elementos centrais: contato inicial em site, desistência, escalada para falso PCC, exigências sucessivas e pagamento sob medo.

Investigação e Conexão com Outros Estados

Agora, cabem aos investigadores em Campo Grande conectar a ocorrência local ao padrão mapeado pela PCDF. Devem rastrear destinatários dos Pix e identificar eventuais elos com grupos que atuam em outros estados. A convergência entre os relatos aponta que a intimidação travestida de facção tem sido usada como atalho para extorsão.