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Três Lagoas

Mais moderno, Hospital Auxiliadora inaugura hemodiálise e maternidade

Entrega das obras do Centro Avançado de Hemodiálise e Maternidade Monir Thomé marcam primeiro centenário do hospital

Secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, diretores do hospital e médicos, durante a inauguração, ontem de manhã - Claudio Pereira/JPNEWS
Secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, diretores do hospital e médicos, durante a inauguração, ontem de manhã - Claudio Pereira/JPNEWS

O Centro Avançado de Hemodiálise e a Maternidade Monir Thomé, do Hospital Auxiliadora, em Três Lagoas, foram inaugurados nesta sexta-feira (3) em uma cerimônia que marcou o lançamento do primeiro centenário da instituição filantrópica de saúde. De acordo com o diretor administrativo Marco Antônio Calderon, as obras e a compra de equipamentos são fruto de parceria entre o hospital, governo do Estado, parlamentares da bancada sul-mato-grossense no Congresso e a população que contribui com doações, além da realização de eventos, como o almoço “Costelada” e leilão, promovidos anualmente. 

A nova estrutura da ala da hemodiálise é mais ampla e moderna que a anterior, o que possibilita atendimento a um número maior de pacientes. O setor passa de14 para 20 máquinas de filtragem de sangue e o número de pacientes vai saltar de 84 para 120, em três turnos. Cada máquina custou R$ 50 mil. A obra total custou cerca de R$ 2 milhões.

A ampliação beneficia diretamente 12 pacientes de Três Lagoas que fazem o tratamento na Santa Casa de Paranaíba. Para isso, viajam de ônibus cerca de 1,1 mil quilômetros por semana entre as duas cidades. “É um sofrimento que será eliminado nos próximos dias, disse Calderon. 

“O hospital trabalha de acordo com a filosofia salesiana, que é minimizar o sofrimento das pessoas, com atendimento humanizado e moderno. A ampliação do setor de hemodiálise tem essa configuração, como todo o hospital”, disse.

POR DENTRO

Para abrigar as novas máquinas, o hospital construiu uma área de 250 metros quadrados. O governo do Estado viabilizou recurso, através do Termo de Fomento, no valor de R$ 269 mil para o Sistema de Osmose Reversa Fixa e Portátil, duas máquinas de hemodiálise e um aspirador cirúrgico. O sistema de osmose é utilizado na purificação da água, eliminando até 99,98% dos sais minerais, metais pesados e microrganismos.

O antigo setor de hemodiálise será transformado, futuramente, em UTI (Unidade de Terapia Intensiva). A maternidade possui equipamentos para partos, bola suíça e escada de ling, “além de equipe para atendimento seja humanizado”, citada pelo diretor.

“Em breve iremos adquirir camas elétricas, poltronas para acompanhante berço aquecido de recepção, mesa ginecológica, berços”, revelou.

REMUNERAÇÃO

Apesar de ter ocupação da estrutura por 90% de pacientes conveniados ao SUS, apenas 20% da receita saem da prestação de serviços a convênios e particulares. “Temos um déficit mensal muito alto, causado pela defasagem da tabela de remuneração do SUS e pelo aumento da demanda e de custos”, disse Calderon.

A realização de atendimentos, como de hemodiálise, contribui para aumento do déficit. Cada sessão tem custo de R$ 320 contra o repasse de R$ 190 pelo SUS. “O restante deveria ser coberto pelo Estado e pelo município. Mas, é o hospital quem acaba bancando”, disse.