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Direito Do Consumidor

Nove mil consumidores assinam abaixo-assinado contra Elektro, mas apenas 3% participam de mutirão

Mutirão de atendimento serviu para reavaliar faturas de energia elétrica que tiveram aumento considerável no último mês

 - Danielle Leduc/JPNEWS
- Danielle Leduc/JPNEWS

Reclamações do aumento de 24% nas contas de energia elétrica dos consumidores de Três Lagoas levaram um grupo de manifestantes a organizar dois abaixo-assinados. Um deles foi virtual e reuniu mais de 7 mil assinaturas; o outro somou quase 2 mil assinaturas físicas. Os documentos serão enviados ao Ministério Público, com pedido de ação judicial, e à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) contra a concessionária de energia elétrica que atende o município, a Elektro.

Em resposta aos questionamentos da população, o Programa Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) e a Elektro organizaram um mutirão de atendimentos na semana passada. Menos de 4% do total de reclamantes participaram da ação, segundo o diretor do Procon, Mohamed Youssef Jarouche. “Ficamos surpresos com a baixa adesão. Nossa expectativa era de que, pelo menos, 10% deste total de assinaturas recolhidas fossem até o mutirão para ter suas dúvidas esclarecidas”, pontua.

Durante os atendimentos, os funcionários analisam cada caso, para verificar se realmente existe uma diferença muito alta entre as contas ou se o aumento se deu por aumento no uso de energia.

De acordo com Jarouche, aproximadamente 300 consumidores participaram do mutirão. Um deles foi o seu Fidêlcino Santana, que sentiu no bolso um aumento de quase R$ 100 na última conta em relação às anteriores. “Eles me explicaram o que houve e os reajustes na conta. Vou fazer o que? O jeito é pagar. Se não, fico sem luz em casa”, lamenta.

O Procon reforça que reclamações podem ser registradas no órgão. Somente no mês de janeiro, a unidade atendeu 29 consumidores, mas nenhum abriu reclamação oficial.