
O empresário Francisco Cezário assumiu, novamente, a Presidência da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), na terça-feira, dia 30, em um mandato de quatro anos, até 2023. Agora, o presidente que vai para seu quinto mandato no cargo, tem oito vice-presidentes, três membros do conselho fiscal, três membros suplentes do conselho fiscal e um tesoureiro.
Há mais de 20 anos à frente da Federação, Cezário falou sobre uma possível reeleição, após este mandato, porque, de acordo com a Lei Pelé, presidentes de federações esportivas só podem se reeleger uma vez. Porém, ele afirmou estar concentrado apenas no mandato atual. “Independente de pensarmos daqui a quatro anos, nós temos tudo em cima da lei”, disse.
A afirmação surge em meio à possível criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), na Assembleia Legislativa, para apurar suspeitas de irregularidades no futebol profissional do Estado, por iniciativa do deputado estadual Evander Vendramini (PP), anunciada em março deste ano. Cezário, porém, diz não temer a investigação.
“Lamentavelmente, o deputado Evander talvez tenha sido movido por algumas más informações [para propor a CPI]. Mas, nós já apresentamos a ele tudo aquilo que foi solicitado e não temos medo nenhum porque todas as nossas prestações de conta são comprovadas através dos próprios gestores [dos times de futebol]. Então, é tudo transparente. E tenho certeza que a investigação não será necessária porque a CPI no futebol só vai trazer prejuízos”, afirmou.
Vendramini defende a investigação com o objetivo de apurar valores recebidos do Estado pela Federação e como os recursos são aplicados. “Conheço o futebol do Estado desde a década de 1970, quando tivemos o auge com o Operário, em terceiro lugar no Campeonato Brasileiro de 1977. Nos últimos anos, nosso futebol vem ‘sumindo do mapa’. A tentativa da CPI é de um resgate do futebol, para que os clubes do Estado voltem à elite nacional. Estamos tentando investigar se é por falta de investimento ou se é por causa de uma má gestão.” O deputado disse que recebeu os documentos solicitados e que, se identificar suspeitas de irregularidades, dará sequência à CPI.